28.8.12

Maceió, AL

Perdi a conta das praias pelas quais me apaixonei nessa minha vida. Foram tantas sobre as quais já li e tão poucas as que conheci. Tivessem me dado a chance teria ido cada uma, sentido o cheiro do mar, visto o pôr-do-sol, ouvido os passarinhos esvoaçante desses tão diversos litorais. Minha mais recente descoberta é brasileira, como não podia deixar de ser. Maceió é uma cidade cheia de história e, principalmente, belezas naturais quase incomparáveis. Hora de conhecer, não?


Maceió, cidade de lagoas e praias. O seu nome é de origem tupi. Os índios batizaram o lugar de “Maçayó” ou “Maçai-o-k”, que significa “O que tapa o alagadiço”. Historiadores afirmam que a cidade nasceu de um antigo engenho de açúcar por volta do Século 18. Para outros, por ser praiana, o seu surgimento está ligado a uma pequena vila de pescadores. Seja qual for a origem, pelo mar ou pelo açúcar, Maceió é um lugar abençoado pela natureza. Um dos roteiros mais antigos de Maceió são as piscinas naturais, que, na década de 40, eram o paraíso dos pescadores e de algumas famílias da Ponta Verde e que, a partir da década de 80, se transformaram em um dos destinos mais badalados pelos turistas. Maceió está mais bonita para os alagoanos e para os turistas também. Essa pequena cidade nordestina é o lugar para as tranquilas famílias, para os namorados, para melhor idade, para os jovens aventureiros e esportistas, para as crianças e para qualquer gente independente de raças e crenças.


Para conhecer bem Maceió faça como todo alagoano: caminhe ou pedale pela orla urbanizada da capital, que é integrada do Pontal da Barra até Cruz Almas. Aproveite para se refrescar tomando água-de-coco ou saboreando sorvete de mangaba, cajá e graviola. Ou, ainda, prove a tapioca (iguaria de origem indígena). Nada mais tradicional de Maceió do que a tapioca. A culinária vem carregada de frutos do mar, mas a diversidade de restaurantes é imensa e você pode encontrar pratos com sotaque francês, ou japonês e até peruano - tem para todos os gostos.


Piscinas naturais, formadas pela segunda maior barreira de corais do mundo, transformadas no paraíso dos mergulhadores. Praias fascinantes, emolduradas por coqueirais, onde o sol trabalha até nos feriados e a areia branca contrasta com o intenso azul do mar. O litoral de Alagoas é assim: 230 km com as paisagens mais encantadoras de todo o nordeste.

Mas falemos logo das PRAIAS DE MACEIÓ


Praia de Ipioca : Ipioca fica a 20 quilômetros do centro (se você der um zoom no mapa aí de cima, vai encontrá-la bem ao norte, escondida bem longe do centro urbano). O nome de origem indígena significa “casa do chão” ou “maloca”. Praia contemplada por uma faixa litorânea de um azul intenso, contornada por areias brancas e verdes coqueirais, espetáculo ofertado pela natureza que pode ser admirado com mais plenitude no mirante Alto de Ipioca. A culinária é famosa pelos doces de frutas e pelo preparo dos frutos do mar, servidos com capricho nos vários restaurantes, onde o sabor se destaca na simplicidade do lugar. Ipioca é terra natal do segundo presidente do Brasil, Marechal Floriano Peixoto.



Praia da Sereia : A Praia da Sereia fica a 16 quilômetros do centro. O mar exuberante com ondas fortes é protegido por um paredão de recifes, que amortecem a bravura das águas e formam uma grande piscina que proporciona tranquilos mergulhos. Simbolizando Iemanjá, na década de 60, foi colocada ali uma escultura de sereia. Segundo as lendas os mais antigos pescadores contam que, quando saiam para pescar nesta parte do mar, ouviam o canto da sereia. Do mirante têm-se uma visão encantadora de um litoral com contrastes de cores.



Riacho Doce : A Praia de Riacho Doce fica a 14 quilômetros do centro. O nome deriva de um riacho de águas doces que deságuam no mar. É uma tradicional vila de pescadores que sobrevivem no aconchego da simplicidade do dia-a-dia e das iguarias feitas à base de mandioca e coco, um convite delicioso para degustação.



Jacarecica/Guaxuma/Garça Torta : As praias de Jacarecica, Guaxuma e Garça Torta fazem parte do conjunto das belas praias urbanas, próximas ao centro da cidade. A boa infra-estrutura, restaurantes, pousadas e residências dividem espaços com as belezas do litoral onde a natureza generosamente ofertou espaços para mergulhos, pesca, ondas para o surf etc.




Praia de Cruz das Almas : A Praia de Cruz das Almas fica a 6 km do centro. Conta-se que esse nome foi dado ao local devido a um cemitério indígena que existia no início do século passado. Vários hotéis e restaurantes ocupam essa área que se encontra em pleno desenvolvimento e valorização imobiliária. O mar aberto com ondas fortes é um convite aos amantes do surf e da pesca de arremesso.



Praia de Jatiúca : As ondas fortes da praia de Jatiúca são ideais para a prática do surf. Até os anos 50 a área chamava-se carrapato, nessa época, o folclorista Théo Brandão, proprietário de um grande sítio na região, batizou o local de Sítio Jatiúca, nome indígena que significa carrapato. Essa orla dispõe de total infra-estrutura; tem grandes opções de serviços e entretenimento. São restaurantes, hotéis, bares, casa de shows, barracas de tapiocas, lojas, bancos, galerias e espaço destinado à prática de esporte.



Praia de Ponta Verde : A orla tem uma ponta de terra avançando para o mar. Até o final da década de 70 era totalmente verde de coqueiros, daí a origem do nome. Tornou-se conhecida nacionalmente na década de 50, devido à existência de um coqueiro que tinha o caule semelhante ao pescoço de uma ema, e ficou conhecido pelo nome de Gogó da Ema. Um Farol foi construído sobre recifes, no início do século 20 para orientar as embarcações vindas do norte, acrescentando um charme extra a essa praia. É a praia urbana mais bonita de Maceió.



Praia de Pajuçara : Pajuçara é nome de origem indígena que significa “o espinhal”, devido à grande quantidade de espécies de arbustos espinhosos que havia na região. A beleza da enseada de Pajuçara cria expectativas... Dezenas de jangadas ficam aguardando os visitantes para um passeio as piscinas naturais 02 km da orla. Quando a maré baixa, várias piscinas são formadas pelos recifes de corais e nas águas mornas, tranquilas e incrivelmente cristalinas, concentram-se várias espécies de peixes coloridos a circular livremente. A orla de Pajuçara é completa de infra-estrutura. São quadras de esportes, restaurantes, hotéis e vários centros de artesanato.




Praia da Avenida da Paz : A primeira obra de urbanização da orla foi na Avenida da Paz. A praia passou a ter esse nome em função dos anseios mundiais pela Paz, depois da Primeira Guerra Mundial. Até o final da década de 70, a praia da Avenida foi o centro inconteste da vida social de Maceió. Com o passar dos anos passou a ser uma área comercial. Alguns casarões ainda resistem a essas mudanças, o que retrata um pouco a nobreza dessa época.



Praias do Sobral/Trapiche/Pontal da Barra : A extrema beleza das praias Sobral, Trapiche e Pontal da Barra que têm o mar aberto e ondas fortes, apesar de não serem apropriadas para banhistas, normalmente são frequentadas por quem curte surf e outras atividades esportivas praieiras.





Mas para ninguém dizer que fiquei presa às belezas naturais, fique aqui provado que Maceió é muito mais que sol e mar. A cidade também tem uma rica e bem preservada cultura. No centro da cidade estão localizados museus como o Museu de Arte da Fundação Pierre Chalita, com um rico acervo de imagens sacras dos séculos 16, 17 e 18. A história da arte moderna e contemporânea está representada no mesmo espaço.
Já o Museu Theo Brandão, na Avenida da Paz, conta a história da cultura popular de Alagoas. O Palácio Marechal Floriano Peixoto, inaugurado em 1902, deixou de ser sede do governo e transformou-se em museu, mostrando ao público suas ricas coleções de cristais, pratarias e móveis antigos em madeira e couro. O ponto alto do museu são as obras do alagoano artista plástico Rosalvo Ribeiro (1865-1915).
O Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas possui valioso documentário histórico da guerra do Paraguai; um dos mais completos acervos afro-brasileiros do País, a exemplo “Coleção Perseverança”, que reúne objetos usados em cultos africanos em Alagoas no ano de 1912; uma coleção da famosa louça Marajoara e peças de etnografia de grupos indígenas amazônicos.
O Museu dos Esportes possui um rico e importante acervo histórico para pesquisa e estudo, como jornais desde o ano de 1920, fitas de vídeo, gravações de áudio, fotografias, troféus, entre outros objetos que guardam a memória dos esportes do Estado e do Brasil.
Memorial Pontes de Miranda da Justiça do Trabalho em Alagoas, instituído em 1994 pela corte do Tribunal Regional do Trabalho da 19ª Região, com o objetivo de preservar e divulgar a obra do célebre jurista alagoano Francisco Cavalcanti Pontes de Miranda, bem como a história da Justiça do Trabalho em Alagoas. O museu conta com biblioteca e arquivo e exposições temporárias.
Maceió é também um agradável passeio pela história.

Percebe? O Brasil está cheio de surpresas e belezas.
Saia por aí, descubra, descubra-se.







Fonte principal: http://www.turismo.maceio.al.gov.br/belezas_naturais/

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