28.2.13

Another Brick In The Wall - Solo

Com câmera nova, sr. Bruno Gorski volta a gravar seus solos.
Com vocês, Another Brick In The Wall - Solo, de Bruno Gorski. Enjoy. =)




Leia mais! →

26.2.13

Ben & Jerry's!

Para quem gosta de sorvete, essa é a postagem ideal! Para uma confessa apaixonada por essas delícias geladas, conhecer os sorvetes Ben & Jerry's é como conhecer o seu primeiro amor: mágico e incomparável. O blog Mundo das Marcas traz um texto muito bom para nos contar a história da marca e seus fundadores e o conceito por trás de alguns dos sabores mais inusitados. Seguem os trechos mais importantes e, ao final, você encontrarão o endereço do blog Mundo das Marcas, para os que quiserem mais informações deliciosas sobre os sorvetes que conquistaram os EUA e outros tantos países ao redor do globo.

Enjoy yourself!




Fundação: 5 de maio de 1978.

A história: Tudo começou quando os hippies Ben Cohen e Jerry Greenfield, amigos de infância, e fanáticos por sorvetes, resolveram desenvolver sua própria linha de produto por não estarem satisfeitos com nenhum sorvete disponível no mercado americano suficientemente gostoso para satisfazer seus refinados paladares. Depois de Ben ser despedido de vários trabalhos temporários e Jerry falhar pela segunda vez na admissão da Faculdade de Medicina, os dois amigos então gastaram US$ 5 em um curso de fabricação de sorvetes por correspondência, oferecido pela universidade Penn State. Com o que aprenderam e mais US$ 12 mil, inauguraram a primeira sorveteria na esquina das ruas St. Paul e College no centro da cidade de Burlington, estado americano de Vermont, dentro de um posto de gasolina reformado com o nome de Ben & Jerry’s Homemade Ice Cream Parlor. Como Ben não tinha paladar, confiava naquilo que é conhecido como “sentido da boca”. E assim, grandes pedaços de chocolate, fruta e frutos secos se transformam na principal característica dos sorvetes. Começava então a nascer uma marca que iria revolucionar o mercado americano nesta categoria.


O marketing social da sorveteria


No verão de 1978 á veio a primeira de suas ações de marketing: o primeiro festival de filmes gratuitos, que eram projetados na parede externa da sorveteria. Em comemoração ao primeiro aniversário da empresa, os proprietários, em outra grande ação de marketing, introduzem no dia 5 de maio o famoso Free Cone Day, um dia inteiro de sorvete grátis para todos os consumidores. O que era uma simples comemoração se transformou em uma tradição da marca BEN & JERRY’S que atualmente, em sua 32º edição, distribui mais de 1 milhão de sorvetes gratuitamente.






O sucesso

A marca que começa com 12 sabores em 1978, lança mais sabores em 1980 e agora, embalados em novos potinhos para sua distribuição em mercearias, lojas de conveniência e restaurantes da região. O sucesso levou a inauguração de uma nova franquia na Route 7, Shelbourne, Vermont. Em 1983 é inaugurada a primeira loja fora do estado na cidade de Portland, Maine, e nessa época os sorvetes começaram a ser distribuídos em Boston por sorveterias independentes.
A nova fábrica da empresa é inaugurada em 1985 e começou a oferecer visitação para os consumidores interessados em conhecer o processo de fabricação dos deliciosos sorvetes da marca. As primeiras lojas internacionais foram inauguradas em 1988. No final desse ano, já era 80 sorveterias BEN & JERRY'S em 18 estados americanos, sem falar na expansão na década de 90, em países como Rússia e Japão.
Em 2000, a marca foi vendida para a Unilever por US$ 348 milhões, que se comprometeu a manter o estilo e todos os projetos sociais lançados e engajados pela BEN & JERRY'S. E foi assim que a marca se tornou uma potência nacional, e posteriormente internacional, ao vender sabores não convencionais a preços altos e fazendo uma boa dose de filantropia.







A fábrica

A fábrica da BEN & JERRY’S, localizada nas verdes montanhas de Worcester Range, a poucos quilômetros da pequena cidade de Waterbury, estado de Vermont, é uma das principais atrações turísticas da região. Aberta a visitação pública guiada, é possível conhecer todo o processo de produção dos deliciosos sorvetes. O tour começa em um teatro onde um filme de sete minutos conta a história da marca e o sucesso da BEN & JERRY’S junto aos empregados, consumidores e comunidade. Logo depois é apresentado todo processo de fabricação do sorvete e em seguida, é a vez do FlavoRoom (quarto dos sabores) onde são distribuídas amostras grátis dos mais variados sabores da marca. A fábrica conta ainda com uma loja temática onde se pode comprar cerca de 30 sabores de sorvetes e muitas lembranças da BEN & JERRY’S. Além de um ambiente fantástico, uma das principais atrações da fábrica é o cemitério de sabores onde lápides estão colocadas em um bem cuidado gramado mostrando os sabores que não são mais fabricados pela marca. A visitação da fábrica custa US$ 3.00 para adultos, US$ 2 para aposentados e crianças não pagam.




Você sabia?
Os sabores mais vendidos e populares da marca são: Cherry Garcia, Chocolate Chip Cookie Dough, Chocolate Fudge Brownie, Chunky Monkey, Half Baked, Phish Food e New York Super Fudge Chunk. Atualmente a marca conta com mais de 50 sabores de sorvetes.

Especificações:

CHERRY GARCIA (sorvete de cereja com pedaços de chocolate). O sorvete foi batizado em homenagem ao falecido líder da banda de rock Grateful Dead. A sugestão partiu de dois fãs da cidade de Portland.
CHOCOLATE CHIP COOKIE DOUGH (sorvete de baunilha com pedaços de bolachas e chocolate especiais). Este sabor foi introduzido depois de cinco anos de pesquisas.
CHOCOLATE FUDGE BROWNIE (sorvete de chocolate com pedaços de brownie). Os brownies eram fornecidos pela padaria Greyston Bakery da cidade de Yonkers, Nova York, que empregava pessoas menos favorecidas da comunidade local.
CHUNKY MONKEY (sorvete de banana com pedaços de nozes e chocolate). O novo sabor foi sugerido por dois estudantes de New Hampshire.
PHISH FOOD (sorvete de chocolate com marshmallow, caramelo e peixinhos de chocolate). O nome do sabor era em homenagem a uma banda do estado de Vermont.
NEW YORK SUPER FUDGE CHUNK (sorvete de canela com pedaços de chocolates, branco e preto, nozes e amêndoas recobertas de chocolate). Este novo sabor foi desenvolvido por Ben depois da sugestão de um escritor da cidade de Nova York.



Curiosidade extra! Para os fãs, temos um sorvete todo especial:
BOHEMIAN RASPBERRY (sorvete de baunilha com fudge brownie e raspas de framboesa). O nome do novo sabor era em homenagem a banda Queen, onde parte das vendas era revertida em favor da fundação de luta contra a AIDS Mercury Phoenix Trust.



Tem como não se apaixonar pela marca, pelos sabores, por tudo?
Um exemplo de sucesso, sabor e sustentabilidade. Experimente.




Leia mais! →

17.2.13

Parque Nacional da Serra da Capivara



Com mais de mil sítios arqueológicos pré-históricos cadastrados, não existe nenhum lugar no continente que se compare ao Parque Nacional da Serra da Capivara.
Descubra a história da América nas pinturas rupestres e nos resíduos pré-históricos do homem. São datações de até 60.000 anos e mais de 200 sítios arqueológicos abertos à visitação.

O Parque tem área de 129 mil hectares e está situado no sudeste do estado do Piauí. Localizado no semi-árido nordestino, fronteira entre duas formações geológicas, com serras, vales e planície, o parque abriga fauna e flora específicas da Caatinga. Dentre as espécies encontradas na unidade - criada em junho de 1979 - podemos citar a onça pintada, onça parda, tatu-bola, tamanduá bandeira.




A visita completa aos circuitos abertos pode ser feita em seis dias, iniciando-se pelo Sítio do Boqueirão da Pedra Furada, onde foram feitas as primeiras escavações e as datações que atestam a presença do homem pré-histórico no continente americano desde 48.000 anos. O sítio pode ser visitado também à noite. Iluminada, a paisagem fica ainda mais grandiosa. O percurso inclui a formação geológica da Pedra Furada, símbolo do local; o Sítio do Meio; o baixão da Pedra Furada, onde se adentra ao cânion formado por formações areníticas.

Os outros circuitos turísticos são integrados pelo Desfiladeiro da Capivara, Baixão da Vaca e Toca do Paraguaio, Circuito do Veredão, Circuito da Chapada, Circuito da Jurubeba, Baixão do Perna, Andorinhas e Circuito da Serra Branca. Todos os circuitos estão repletos de sítios arqueológicos estruturados com escadas, passarelas e acesso para pessoas com necessidades especiais. A presença de guia é obrigatória para todos os programas.

O Baixão das Andorinhas é um grande desfiladeiro de onde se pode assistir, ao final da tarde, ao espetáculo da volta das andorinhas para o fundo do Boqueirão. Na zona de amortecimento do Parque esta instalada a Cerâmica Serra da Capivara, onde resgatando as tradições dos povos ceramistas são produzidas pela comunidade local peças com as pinturas rupestres encontradas nos sítios arqueológicos.



Na cidade de São Raimundo Nonato a visita ao Museu do Homem Americano é obrigatória, pois lá estão expostas peças cerâmicas, urnas funerárias e material lítico resultantes das escavações feitas no Parque. Criado em 1986 para auxiliar os trabalhos arqueológicos realizados no Parque, atua como importante centro de pesquisas. O Museu apresenta as origens e a evolução do homem, além de fazer uma reconstituição dos 50 mil anos da presença humana na região.


Pelo seu valor histórico e cultural, o Parque Nacional da Serra da Capivara foi declarado pela Organização das Nações Unidas pela Educação, Ciência e Cultura (Unesco), em 1991, Patrimônio Cultural da Humanidade.



Os dados acima foram retirados do site Instituto Chico Mendes (ICM). Para mais informações, acesse: www.icmbio.gov.br/parque-nacional-da-serra-da-capivara

Leia mais! →

Manoel de Barros

Hoje o poeta é reconhecido nacional e internacionalmente como um dos mais originais do século e mais importantes do Brasil. Guimarães Rosa, que fez a maior revolução na prosa brasileira, comparou os textos de Manoel a um "doce de coco". Foi também comparado a São Francisco de Assis pelo filólogo Antonio Houaiss, "na humildade diante das coisas. (...) Sob a aparência surrealista, a poesia de Manoel de Barros é de uma enorme racionalidade. Suas visões, oníricas num primeiro instante, logo se revelam muito reais, sem fugir a um substrato ético muito profundo. Tenho por sua obra a mais alta admiração e muito amor." Segundo o escritor João Antônio, a poesia de Manoel vai além: "Tem a força de um estampido em surdina. Carrega a alegria do choro." Millôr Fernandes afirmou que a obra do poeta é "'única, inaugural, apogeu do chão." E Geraldo Carneiro afirma: "Viva Manoel violer d'amores violador da última flor do Laço inculta e bela. Desde Guimarães Rosa a nossa língua não se submete a tamanha instabilidade semântica". Manoel, o tímido Nequinho, se diz encabulado com os elogios que "agradam seu coração".


Manoel Wenceslau Leite de Barros nasceu em Cuiabá (MT) no Beco da Marinha, beira do Rio Cuiabá, em 19 de dezembro de 1916, filho de João Venceslau Barros, capataz com influência naquela região. Mudou-se para Corumbá (MS), onde se fixou de tal forma que chegou a ser considerado corumbaense. Atualmente mora em Campo Grande (MS). É advogado, fazendeiro e poeta.


Tinha um ano de idade quando o pai decidiu fundar fazenda com a família no Pantanal. Nequinho, como era chamado carinhosamente pelos familiares,  cresceu brincando no terreiro em frente à casa, pé no chão, entre os currais e as coisas "desimportantes" que marcariam sua obra para sempre. "Ali o que eu tinha era ver os movimentos, a atrapalhação das formigas, caramujos, lagartixas. Era o apogeu do chão e do pequeno."

Com oito anos foi para o colégio interno em Campo Grande, e depois no Rio de Janeiro. Não gostava de estudar até descobrir os livros do padre Antônio Vieira: "A frase para ele era mais importante que a verdade, mais importante que a sua própria fé. O que importava era a estética, o alcance plástico. Foi quando percebi que o poeta não tem compromisso com a verdade, mas com a verossimilhança." Um bom exemplo disso está num verso de Manoel que afirma que "a quinze metros do arco-íris o sol é cheiroso." E quem pode garantir que não é? "Descobri que servia era pra aquilo: Ter orgasmo com as palavras." 

Mas o sentido total de liberdade veio com "Une Saison en Enfer" de Arthur Rimbaud (1854-1871), logo que deixou o colégio. Foi quando soube que o poeta podia misturar todos os sentidos. Conheceu pessoas engajadas na política, leu Marx e entrou para a Juventude Comunista. Seu primeiro livro, aos 18 anos, não foi publicado, mas salvou-o da prisão. Havia pichado "Viva o comunismo" numa estátua, e a polícia foi buscá-lo na pensão onde morava. A dona da pensão pediu para não levar o menino, que havia até escrito um livro. O policial pediu para ver, e viu o título: "Nossa Senhora de Minha Escuridão". Deixou o menino e levou a brochura, único exemplar que o poeta perdeu para ganhar a liberdade.

Quando seu líder Luiz Carlos Prestes foi solto, depois de dez anos de prisão, Manoel esperava que ele tomasse uma atitude contra o que os jornais comunistas chamavam de "o governo assassino de Getúlio Vargas." Foi, ansioso, ouvi-lo no Largo do Machado, no Rio. E nunca mais se esqueceu: "Quando escutei o discurso apoiando Getúlio — o mesmo Getúlio que havia entregue sua mulher, Olga Benário, aos nazistas — não agüentei. Sentei na calçada e chorei. Saí andando sem rumo, desconsolado. Rompi definitivamente com o Partido e fui para o Pantanal".


Mas a idéia de lá se fixar e se tornar fazendeiro ainda não havia se consolidado no poeta. Seu pai quis lhe arranjar um cartório, mas ele preferiu passar uns tempos na Bolívia e no Peru, "tomando pinga de milho". De lá foi direto para Nova York, onde morou um ano. Fez curso sobre cinema e sobre pintura no Museu de Arte Moderna. Pintores como Picasso, Chagall, Miró, Van Gogh, Braque reforçavam seu sentido de liberdade. Entendeu então que a arte moderna veio resgatar a diferença, permitindo que "uma árvore não seja mais apenas um retrato fiel da natureza: pode ser fustigada por vendavais ou exuberante como um sorriso de noiva" e percebeu que "os delírios são reais em Guernica, de Picasso". Sua poesia já se alimentava de imagens, de quadros e de filmes. Chaplin o encanta por sua despreocupação com a linearidade. Para Manoel, os poetas da imagem são Federico Fellini, Akira Kurosawa, Luis Buñuel ("no qual as evidências não interessam") e, entre os mais novos, o americano Jim Jarmusch. Até hoje se confessa um "...'vedor' de cinema. Mas numa tela grande, sala escura e gente quieta do meu lado".

Voltando ao Brasil, o advogado Manoel de Barros conheceu a mineira Stella no Rio de Janeiro e se casaram em três meses. No começo do namoro a família dela — mineira — se preocupou com aquele rapaz cabeludo que vivia com um casaco enorme trazido de Nova York e que sempre se esquecia de trazer dinheiro no bolso. Mas, naquela época, Stella já entendia a falta de senso prático do noivo poeta. Por isso, até hoje Manoel a chama de "guia de cego". Stella o desmente: "Ele sempre administrou muito bem o que recebeu." E continuam apaixonados, morando em Campo Grande (MS). Têm três filhos, Pedro, João e Marta (que fez a ilustração da capa da 2a. edição do "Livro das pré-coisas") e sete netos.

Seu primeiro livro  foi publicado no Rio de Janeiro, há mais de sessenta anos, e se chamou "Poemas concebidos sem pecado". Foi feito artesanalmente por 20 amigos, numa tiragem de 20 exemplares e mais um, que ficou com ele.

Nos anos 80, Millôr Fernandes começou a mostrar ao público, em suas colunas nas revistas Veja e Isto é e no Jornal do Brasil, a poesia de Manoel de Barros. Outros fizeram o mesmo: Fausto Wolff, Antônio Houaiss, entre eles. Os intelectuais iniciaram, através de tanta recomendação, o conhecimento dos poemas que a Editora Civilização Brasileira publicou, em quase a sua totalidade, sob o título de "Gramática expositiva do chão".

O poeta foi agraciado com o “Prêmio Orlando Dantas” em 1960, conferido pela Academia Brasileira de Letras ao livro “Compêndio para uso dos pássaros”. Em 1969 recebeu o Prêmio da Fundação Cultural do Distrito Federal pela obra “Gramática expositiva do chão” e, em 1997, o “Livro sobre nada” recebeu o  Prêmio Nestlé, de âmbito nacional. Em 1998, recebeu o Prêmio Cecília Meireles (literatura/poesia), concedido  pelo Ministério da Cultura.

Numa entrevista concedida a José Castello, do jornal "O Estado de São Paulo", em agosto de 1996, ao ser perguntado sobre qual sua rotina de poeta, respondeu:

"Exploro os mistérios irracionais dentro de uma toca que chamo 'lugar de ser inútil'. Exploro há 60 anos esses mistérios. Descubro memórias fósseis. Osso de urubu, etc. Faço escavações. Entro às 7 horas, saio ao meio-dia. Anoto coisas em pequenos cadernos de rascunho. Arrumo versos, frases, desenho bonecos. Leio a Bíblia, dicionários, às vezes percorro séculos para descobrir o primeiro esgar de uma palavra. E gosto de ouvir e ler "Vozes da Origem". Gosto de coisas que começam assim: "Antigamente, o tatu era gente e namorou a mulher de outro homem". Está no livro "Vozes da Origem", da antropóloga Betty Mindlin. Essas leituras me ajudam a explorar os mistérios irracionais. Não uso computador para escrever. Sou metido. Sempre acho que na ponta de meu lápis tem um nascimento."

Diz que o anonimato foi "por minha culpa mesmo. Sou muito orgulhoso, nunca procurei ninguém, nem freqüentei rodas, nem mandei um bilhete. Uma vez pedi emprego a Carlos Drummond de Andrade no Ministério da Educação e ele anotou o meu nome. Estou esperando até hoje", conta. Costuma passar dois meses por ano no Rio de Janeiro, ocasião em que vai ao cinema, revê amigos, lê e escreve livros.

Não perdeu o orgulho, mas a timidez parece cada vez mais diluída. Ri de si mesmo e das glórias que não teve. "Aliás, não tenho mais nada, dei tudo para os filhos. Não sei guiar carro, vivo de mesada, sou um dependente", fala. "Os rios começam a dormir pela orla, vaga-lumes driblam a treva. Meu olho ganhou dejetos, vou nascendo do meu vazio, só narro meus nascimentos."





Prêmios recebidos:

1960 — Prêmio Orlando Dantas - Diário de Notícias, com o livro "Compêndio para uso dos pássaros"
1966 — Prêmio Nacional de poesias, com o livro "Gramática expositiva do chão"
1969 - Prêmio da Fundação Cultural do Distrito Federal, com o livro "Gramática expositiva do chão"
1989 — Prêmio Jabuti de Literatura, na categoria Poesia, como o livro "O guardador de águas"
1990 — Prêmio Jacaré de Prata da Secretaria de Cultura de Mato Grosso do Sul como melhor escritor do ano
1996 — Prêmio Alfonso Guimarães da Biblioteca Nacional, com o livro "Livro das ignorãças"
1997 — Prêmio Nestlé de Poesia, com o livro "Livro sobre nada"
1998 — Prêmio Nacional de Literatura do Ministério da Cultura, pelo conjunto da obra
2000 — Prêmio Odilo Costa Filho - Fundação do Livro Infanto Juvenil, com o livro "Exercício de ser criança"
2000 — Prêmio Academia Brasileira de Letras, com o livro "Exercício de ser criança"
2002 — Prêmio Jabuti de Literatura, na categoria livro de ficção, com "O fazedor de amanhecer"
2005 — Prêmio APCA 2004 de melhor poesia, com o livro "Poemas rupestres"
2006 — Prêmio Nestlé de Literatura Brasileira, com o livro "Poemas rupestres"

Os dados acima foram obtidos no site Releituras, que por sua vez, obteve esses dados em livros do autor, no livro "Inventário das Sombras", de José Castello, no site da Fundação Manoel de Barros, na revista "Veja", edição de 05/01/94, artigo de Geraldo Mayrink, e em outros sites da Internet.



Soberania

Naquele dia, no meio do jantar, eu contei que
tentara pegar na bunda do vento — mas o rabo
do vento escorregava muito e eu não consegui
pegar. Eu teria sete anos. A mãe fez um sorriso
carinhoso para mim e não disse nada. Meus irmãos
deram gaitadas me gozando. O pai ficou preocupado
e disse que eu tivera um vareio da imaginação.
Mas que esses vareios acabariam com os estudos.
E me mandou estudar em livros. Eu vim. E logo li
alguns tomos havidos na biblioteca do Colégio.
E dei de estudar pra frente. Aprendi a teoria
das idéias e da razão pura. Especulei filósofos
e até cheguei aos eruditos. Aos homens de grande
saber. Achei que os eruditos nas suas altas
abstrações se esqueciam das coisas simples da
terra. Foi aí que encontrei Einstein (ele mesmo
— o Alberto Einstein). Que me ensinou esta frase:
A imaginação é mais importante do que o saber.
Fiquei alcandorado! E fiz uma brincadeira. Botei
um pouco de inocência na erudição. Deu certo. Meu
olho começou a ver de novo as pobres coisas do
chão mijadas de orvalho. E vi as borboletas. E
meditei sobre as borboletas. Vi que elas dominam
o mais leve sem precisar de ter motor nenhum no
corpo. (Essa engenharia de Deus!) E vi que elas
podem pousar nas flores e nas pedras sem magoar as
próprias asas. E vi que o homem não tem soberania
nem pra ser um bentevi.

Texto extraído do livro (caixinha) "Memórias Inventadas - A Terceira Infância", Editora Planeta - São Paulo, 2008, tomo X, com iluminuras de Martha Barros

Leia mais! →

13.2.13

Um gesto de humanidade

Abaixo, leitores, vocês verão um breve vídeo de uma pegadinha.

Não, esta não é mais uma das pegadinhas ofensivas que ridicularizam alguém. Esta não é.

Um grupo de rapazes se reúne e, por telefone, pedem uma pizza a um determinado estabelecimento. Na história contada para o atendente da pizzaria, o criador da pegadinha diz ser um sargento, e apesar disso se propõe a pagar a pizza via cartão de crédito. Entretanto, o atendente diz que não vai ser necessário (ou algo do gênero) e ele acaba não tendo que pagar a pizza, fazendo com que ele fique sem palavras para conseguir retribuir o gesto do atendente da pizzaria.

É muito emocionante ver os dois moradores de rua praticamente comemorando esse "milagre". Um ato maravilhoso.


Leia mais! →

11.2.13

Skye, A Ilha Escocesa


A paisagem é dramática - e de tirar o fôlego. Um lugar com vales que se perdem no horizonte, arco-íris que deslumbram qualquer homem e uma fauna de fazer inveja, Skye é a segunda maior ilha da Escócia e a mais setentrional do arquipélago das Hébridas, ao qual pertence. Muitos esportes aquáticos estão disponíveis, e você também irá encontrar ótimas caminhadas e passeios de pônei para fazer.
Desde o início de sua exploração turística, a Kilt Rock ( Um penhasco na beira do mar com uma cachoeira) e a cadeia de montanhas Cuillin, cujo pico mais alto tem 992 metros, têm sido os pontos mais visitados.


Isle of Skye Photos
This photo of Isle of Skye is courtesy of TripAdvisor

No extremo norte da ilha, que não tem mais que 80 quilômetros de ponta a ponta, o Skye Museum of Island Life é uma boa chance de saber mais sobre seus antigos habitantes. Atrás das casas de telhado de palha que formam o museu, há o túmulo de Flora MacDonald, uma heroína local que teve papel importante no movimento Jacobita do final do século XVII.
A costa oeste da Escócia, especialmente a ilha de Skye, atrai muitos artistas e artesões e, logo que se chega, fica fácil saber o motivo. Skye é um lugar de cenários dramáticos, baias entre penhascos íngremes e vilarejos aconchegantes. Os traços da cultura celta estão presentes desde as placas de trânsito bilíngues (inglês-gaélico) até os símbolos de linhas entrelaçadas, encontrados em estampas e objetos de prata.
Há inúmeras galerias e ateliers espalhados pela ilha. Ate bóias de redes de pescar são transformadas em objetos de arte num distante vilarejo de pescadores. Em outro canto da ilha, no atelier Shilasdair, você pode ver Eva Lambert usando liquens e outros pigmentos naturais para tingir a lã, como faziam os antigos habitantes de Skye.

Isle of Skye Photos
This photo of Isle of Skye is courtesy of TripAdvisor


Isle of Skye Photos
This photo of Isle of Skye is courtesy of TripAdvisor


Isle of Skye Photos
This photo of Isle of Skye is courtesy of TripAdvisor 


Isle of Skye Photos
This photo of Isle of Skye is courtesy of TripAdvisor

Isle of Skye Photos
This photo of Isle of Skye is courtesy of TripAdvisor

Portree é a pequena capital onde, além dos motivos celtas nas roupas coloridas da Skye Batiks, você encontra outras oportunidades para comprar os produtos da ilha. A Soap Company tem sabonetes e óleos essenciais feitos à mão e com produtos naturais. O destaque fica para o sabonete de uísque e a barra esfoliante de ‘heather’, arbusto que é muito comum na Escócia. 

Isle of Skye Photos
This photo of Isle of Skye is courtesy of TripAdvisor  

Uma outra coisa muito interessante de se ver em Portree é seu píer com as casinhas todas coloridas, bem no estilo escocês.

Isle of Skye Photos
This photo of Isle of Skye is courtesy of TripAdvisor


Um lugar para tirar o fôlego de qualquer um. São poucos habitantes, vilas esparsas, comidas exóticas, muita bebida alcoólica. Os animais são únicos, a flora é única, a paisagem não se compara a nada neste planeta. Faça uma viagem, descubra-se, descubra as maravilhas à nossa volta.


Isle of Skye Photos
This photo of Isle of Skye is courtesy of TripAdvisor

Isle of Skye Photos
This photo of Isle of Skye is courtesy of TripAdvisor

Isle of Skye Photos
This photo of Isle of Skye is courtesy of TripAdvisor

Isle of Skye Photos
This photo of Isle of Skye is courtesy of TripAdvisor


Fontes para consultas e mais informações úteis e curiosas:

Leia mais! →

10.2.13

Campanha T-Shirt

Exército da Salvação. Uma campanha para você que alega ser complicado, não ter tempo, não ter informações... Com a ajuda deles, doar pode ser fácil. Entre nessa!


Leia mais! →

3.2.13

Paperman

Introduzindo uma técnica inovadora que mescla o desenho animado e a animação gerada por computador, essa é a estreia de John Kahrs em uma corajosa direção do curta indicado ao Oscar, "Paperman". Emocionante. Vale a pena conferir.



Leia mais! →

2.2.13

O Dia da Marmota e o Inverno... Hã?

É o fim precoce do inverno estadunidense, segundo diz Phil. Bem, Phil não é um metereologista, e muito menos "disse" que era o fim do inverno nos EUA. Phil é uma marmota.

Não se espantem os que não conhecem o "Dia da Marmota". Hoje, dia 2 de fevereiro, é seu 127º aniversário. Phil é a marmota de Punxsutawney. O animal é observado por membros do Clube da Marmota de Punxsutawney vestidos de fraque e cartola, que como todos os anos celebram este ritual no dia 2 de fevereiro para tentar adivinhar o que o roedor vai “prever”: se a primavera já está chegando ou se o inverno ainda deve demorar.

Tudo isso não é uma completa loucura. (Pode ser um pouco, mas não é totalmente insano). Essa é uma tradição que remonta aos imigrantes alemãs, que diziam que se o animal que está hibernando sair da toca e sua sombra aparecer no dia 2 de fevereiro, o inverno deve durar mais seis semanas. Se nenhuma sombra for vista, a primavera virá mais cedo.

Os encarregados de realizar o ritual em Punxsutawney, no estado da Pensilvânia, acreditam que o animal acertou 100% em suas previsões. Já a Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA) não considera uma "ideia brilhante" confiar numa marmota metereológica. Por que será? ('risos').



Leia mais! →

Ler Devia Ser Proibido

Campanha de incentivo à leitura idealizada e produzida por: Deborah Toniolo, Marina Xavier, Julia Brasileiro, Igor Melo, Jader Félix, João Paulo Moura, Luciano Midlej, Marcos Diniz, Paulo Diniz, Filipe Bezerra. (Alunos do 2ºano do curso de Publicidade e Propaganda da UNIFACS - Universidade Salvador). 
Adaptação do texto de Guiomar de Grammont.




Leia mais! →

Os Bichos vão para o Céu?

Tenho um amigo que é pastor de uma comunidade protestante. Por favor, não confundir “protestante” com “evangélico”... Contou-me de uma velhinha solitária que tinha como seu único amigo um cãozinho. Ela o procurou aflita. Havia lido no livro de Apocalipse, capítulo 22, versículo 15, que não entrarão no céuos cães, os feiticeiros, os impuros, os assassinos, os idólatras...” Que os impuros, os assassinos, os idólatras não entrem no céu está muito certo. “Mas reverendo”, ela dizia, “o meu cãozinho... A Bíblia está dizendo que o meu cãozinho não vai entrar no céu... Mas eu amo o meu cãozinho. O meu cãozinho me ama... O que será de mim sem o meu cãozinho?” Aí eu pergunto aos senhores, teólogos, estudiosos dos mistérios divinos: há, no céu, um lugar para os cãezinhos? Sei qual será a sua resposta. “No céu não há lugar para cãezinhos porque cãezinhos não têm alma. Somente os humanos a têm”. Acho que, teologicamente, segundo a tradição, os senhores estão certos. Nas inúmeras telas que os artistas pintaram da bem-aventurança celestial, por mais que procurasse, nunca encontrei animal algum. Aves, às quais São Francisco pregou (por que pregar-lhes, se elas não têm alma?), peixes, símbolos de Jesus Cristo, vacas, jumentos e ovelhas, que adoraram o Menino Jesus no presépio, todos eles serão reduzidos a nada. Não ressuscitarão no último dia. O céu será um mundo de almas desencarnadas. Não haverá beijos e nem abraços. Falta às almas a materialidade necessária para beijos e abraços. Os senhores já observaram que no Credo Apostólico a “alma” não é sequer mencionada? Lá se fala em “ressurreição da carne”. É a carne que está destinada à eternidade. A carne é o mais alto desejo de Deus. Tanto assim que Ele se tornou carne, encarnou-se. A esperança é a volta ao Paraíso, onde havia bichos de todos os tipos. Se Deus os criou é porque Deus os desejava e deseja. Um céu vazio de animais é um céu de um Deus que fracassou. Ao final Ele não consegue trazer de novo à vida aquilo que criou no princípio. Não. Hereje que sou, direi à velhinha: “Fique tranqüila. O seu cãozinho estará eternamente ao seu lado... Não só o seu cãozinho como também gatos, girafas, macacos, peixes, tucanos, patos e gansos... Deus gosta de bichos. Se Ele gosta de bichos eles serão ressuscitados no último dia".

Rubem Alves

Leia mais! →

1.2.13

São Demais Os Perigos Dessa Vida

São demais os perigos desta vida
Pra quem tem paixão, principalmente
Quando uma lua chega de repente
E se deixa no céu, como esquecida

E se ao luar que atua desvairado
Vem se unir uma música qualquer
Aí então é preciso ter cuidado
Porque deve andar perto uma mulher

Deve andar perto uma mulher que é feita
De música, luar e sentimento
E que a vida não quer de tão perfeita

Uma mulher que é como a própria lua:
Tão linda que só espalha sofrimento
Tão cheia de pudor que vive nua.

Vinícius de Moraes e Toquinho




Leia mais! →

So Far Away


Leia mais! →

Piano Man


Um dos duetos mais incríveis de todos os tempos: Billy Joel & Elton John!

Leia mais! →