28.3.14

9.3.14

Recomendando: O Reverso da Medalha



O Reverso da Medalha começa na festa de aniversário de 90 anos de Kate Blackwell. Ela está cercada de amigos, conhecidos, pessoas influentes e poderosas, e também pelos fantasmas de seu passado. Ao longo do trama conheceremos a história de seu pai, Jamie McGregor, um escocês pobre que parte para a África em busca de fortuna em 1883. E ele irá consegui-la de formas inimagináveis. Essa fortuna será herdada por Kate Blackwell, filha de Jamie, bem como todos os erros de seu pai. Sozinha, Kate irá se tornar uma das empresárias mais poderosas do mundo, comandará um verdadeiro império.
O livro conta a história de mais três pessoas da família Blackwell, o filho de Kate, Tony, e suas duas netas, Eve e Alexandra. Mas é sempre possível observar a participação de Kate no destino das personagens. Todos serão influenciados por ela. O livro termina na mesma festa em que se inicia, em 1982.
Um livro sobre poder, vingança e manipulação. Para se surpreender.
Escrito por Sidney Sheldon.


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3.3.14

Todo filho é Pai da morte de seu Pai

Fabrício Carpinejar

Há uma quebra na história familiar onde as idades se acumulam e se sobrepõem e a ordem natural não tem sentido: é quando o filho se torna pai de seu pai.
É quando o pai envelhece e começa a trotear como se estivesse dentro de uma névoa. Lento, devagar, impreciso.
É quando aquele pai que segurava com força nossa mão, já não tem como se levantar sozinho. É quando aquele pai, outrora firme e intransponível, enfraquece de vez e demora o dobro da respiração para sair de seu lugar.
É quando aquele pai, que antigamente mandava e ordenava, hoje só suspira, só geme, só procura onde é a porta e onde é a janela - tudo é corredor, tudo é longe.
É quando aquele pai, antes disposto e trabalhador, fracassa ao tirar sua própria roupa e não lembrará de seus remédios.
E nós, como filhos, não faremos outra coisa senão trocar de papel e aceitar que somos responsáveis por aquela vida. Aquela vida que nos gerou depende da nossa vida para morrer em paz.
Todo filho é pai da morte de seu pai.
Ou, quem sabe, a velhice do pai e da mãe seja curiosamente nossa última gravidez. Nosso último ensinamento. Fase para devolver os cuidados que nos foram confiados ao longo de décadas, de retribuir o amor com a amizade da escolta.
E assim como mudamos a casa para atender nossos bebês, tapando tomadas e colocando cercadinhos, vamos alterar a rotina dos móveis para criar os nossos pais.
Uma das primeiras transformações acontece no banheiro.
Seremos pais de nossos pais na hora de pôr uma barra no box do chuveiro. A barra é emblemática. A barra é simbólica. A barra é inaugurar um cotovelo das águas. Porque o chuveiro, simples e refrescante, agora é um temporal para os pés idosos de nossos protetores. Não podemos abandoná-los em nenhum momento, inventaremos nossos braços nas paredes.
A casa de quem cuida dos pais tem braços dos filhos pelas paredes. Nossos braços estarão espalhados, sob a forma de corrimões.
Pois envelhecer é andar de mãos dadas com os objetos, envelhecer é subir escada mesmo sem degraus.
Seremos estranhos em nossa residência. Observaremos cada detalhe com pavor e desconhecimento, com dúvida e preocupação. Seremos arquitetos, decoradores, engenheiros frustrados. Como não previmos que os pais adoecem e precisariam da gente? 
Nos arrependeremos dos sofás, das estátuas e do acesso caracol, nos arrependeremos de cada obstáculo e tapete.

E feliz do filho que é pai de seu pai antes da morte, e triste do filho que aparece somente no enterro e não se despede um pouco por dia.

Meu amigo José Klein acompanhou o pai até seus derradeiros minutos.
No hospital, a enfermeira fazia a manobra da cama para a maca, buscando repor os lençóis, quando Zé gritou de sua cadeira:
- Deixa que eu ajudo.
Reuniu suas forças e pegou pela primeira vez seu pai no colo.
Colocou o rosto de seu pai contra seu peito.
Ajeitou em seus ombros o pai consumido pelo câncer: pequeno, enrugado, frágil, tremendo.
Ficou segurando um bom tempo, um tempo equivalente à sua infância, um tempo equivalente à sua adolescência, um bom tempo, um tempo interminável. 
Embalou o pai de um lado para o outro. 
Aninhou o pai. 
Acalmou o pai.
E apenas dizia, sussurrando:
- Estou aqui, estou aqui, pai.

O que um pai quer apenas ouvir no fim de sua vida é que seu filho está ali.

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2.3.14

CinemaSins - Lord of the Rings

Para os fãs da trilogia do Senhor dos Anéis, isso pode ser chocante. O canal Cinema Sins (link no final do post) tem uma incrível coleção de vídeos "Everything Wrong With...", na qual eles enumeram os "pecados" dos filmes que nós tanto gostamos. Alguns nós já percebemos, mas alguns são verdadeiros absurdos que vão fazer você morrer de dar risada. Recomendo o canal e, principalmente, a série de vídeos abaixo.

(Uma observação: os vídeos são em inglês, legendados em inglês. 
Para os mais treinados na língua, é diversão garantida!)





Você também pode ver:
Everything Wrong With Twilight (Especial atenção aos últimos minutos do vídeo!)
Everything Wrong With The Hobbit
Everything Wrong With The Hunger Games
Everything Wrong With Titanic
Everything Wrong With The Dark Knight Rises
E muitos outros.

Canal Cinema Sins!

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1.3.14

Galos, Noites e Quintais

Quando eu não tinha esse olhar lacrimoso, que hoje eu trago e tenho;
Quando adoçava meu pranto e meu sono no bagaço de cana do engenho;
Quando eu ganhava esse mundo de Meu Deus, fazendo eu mesmo o meu caminho
Por entre as fileiras do milho verde que ondeia, com saudade do verde marinho...

Eu era alegre com um rio, um bicho, um bando de pardais...
Como um galo, quando havia... Quando havia galos, noites e quintais!
Mas veio o tempo negro e, à força, fez comigo o mal que a força sempre faz.

Não sou feliz, mas não sou mudo: Hoje eu canto muito mais.

Belchior




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