28.1.13

O Menino Azul

O menino quer um burrinho
para passear.
Um burrinho manso,
que não corra nem pule,
mas que saiba conversar.


O menino quer um burrinho
que saiba dizer
o nome dos rios,
das montanhas, das flores,
- de tudo o que aparecer.


O menino quer um burrinho
que saiba inventar histórias bonitas
com pessoas e bichos
e com barquinhos no mar.


E os dois sairão pelo mundo
que é como um jardim
apenas mais largo
e talvez mais comprido
e que não tenha fim.


(Quem souber de um burrinho desses,
pode escrever
para a Ruas das Casas,
Número das Portas,
ao Menino Azul que não sabe ler.)

Cecília Meireles

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Young@Heart

"Ofereceram-me um emprego para servir refeições a idosos. Como vinha com seguro de vida, aceitei. Eu tinha algumas pessoas idosas maravilhosas em minha vida, então estava intrigado com o emprego. Depois de um ano, aproximadamente, Judith Sharpe se aproximou de mim e perguntou se eu poderia achar algumas pessoas para cantarem onde ela tocaria piano. Foi assim que tudo começou em 1982." - Bob Cilman

O Young at Heart é um coral completamente diferente de tudo que se conhece. Composto por idosos de 73 a 89 anos, com uma energia que contagia qualquer um, eles formam um dos conjuntos mais bonitos que conheço (se não for o mais bonito!). Aprender com a felicidade e o bem-estar dessas pessoas é uma experiência que se leva para sempre.

Como você descreveria o Young@Heart comparado com os outros corais?
Eu não saberia como começar. Eu penso que o que fazemos é único. [...] Eu acho que temos uma abordagem honesta com a música e trazemos para ela toda a energia necessária para o Rock and Roll.





Este é Fred Knittle. Seu amigo e parceiro para esta música morreu uma semana antes da apresentação. Ele mesmo sabia que morreria logo. Ele estava muito doente e essa foi sua última música com o coral. Com 83 anos, Fred interpreta Fix You, da banda Coldplay. Um show sem comparação.


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27.1.13

Abraão e Isaque

Caravaggio, Abraão e Isaque

Deus mandou Abraão imolar seu único filho, Isaac, e oferecê-lo em holocausto a Ele sobre uma das montanhas de Moriá. E tomou Abraão a lenha do holocausto e um cutelo e levou seu filho ao lugar que Deus lhe dissera. E edificou Abraão ali um altar e amarrou Isaac e deitou-o em cima da lenha. E estendeu Abraão sua mão com o cutelo para imolar seu único filho.

Mas um anjo do Senhor lhe bradou desde os céus: "Abraão, Abraão, não estendas tua mão sobre Isaac e não lhe faças mal. Agora sei que temes a Deus, pois não lhe negaste teu único filho em holocausto." E Abraão levantou os olhos e viu um cordeiro que Deus provera para oferecer em holocausto em lugar do seu filho, e assim fez. E o anjo do Senhor bradou que a semente de Abraão se multiplicaria como as estrelas do céu, e subiria à porta dos seus inimigos, e abençoaria todas as nações da Terra, porque Abraão obedecera à voz de Deus.



Muitos anos depois:

- Eu ainda sonho com aquele dia e acordo tremendo.

- Você era um menino...

- Vejo o cutelo na sua mão, vejo o seu rosto contorcido pela dor, vejo os seus olhos cheios de água...

- Você era um menino...

- Lembro de tudo. Lembro dos trovões.

- Era a voz do anjo me falando dos céus.

- Não ouvi a voz do anjo. Ouvi os trovões. Só você ouviu a voz do anjo.

- Meu filho...

- Eu sei. Faz muito tempo. É melhor esquecer. Mas não consigo esquecer. Sonho com aquele dia todas as noites e acordo tremendo.

- Você era um menino...

- Me lembro das nuvens escuras. De uma revoada de pássaros negros. Pássaros atónitos, chocando-se no ar. O céu parecendo recuar com o horror da cena: um pai imolando um filho!

- Um sacrifício. Um ritual necessário de sangue. A cerimónia inaugural da nossa tribo, com os favores do céu.

- Um horror.

- Uma história muito maior do que a nossa. Muito maior do que a de um filho imolado. Hoje sou o pai de nações, o patriarca do mundo, porque obedeci ao Senhor e minha semente foi abençoada.

- Você ficou com o poder, eu fiquei com os pesadelos.

- Nossa tribo foi abençoada. Da minha semente nasceu a nossa glória.

- Você ficou com a glória, eu fiquei com as marcas das cordas.

- Você viu o meu rosto contorcido de dor, filho. Viu os meus olhos cheios de água. Viu que eu estava sofrendo por ter que matá-lo.

- O fio do cutelo encostou na minha garganta.

- Mas eu não o matei!

- Porque Deus não deixou. Porque Deus mudou de ideia.

- Meu filho...

- Eu sei. Faz muito tempo. É melhor esquecer. Vou conseguir sobreviver às minhas memórias e aos meus pesadelos. Como você sobreviveu ao que sabe.

- O que é que eu sei?

- Que deve tudo o que tem, seu poder e sua glória, a um Deus volúvel. A um Deus incerto do que faz. A um Deus que volta atrás. A um Deus inconfiável.

- Ele estava me testando.

- Então é pior. Um Deus frívolo e cruel.

- Você era apenas um menino...

- Me lembro das nuvens escuras e dos pássaros atónitos. E do céu recuando diante daquela abominação: um pai matando um filho. E me lembro dos trovões.

- Era o anjo do Senhor falando comigo.

- Eram trovões.

- Obedeci à voz dos céus porque temo a Deus.

- Mais razão para temê-lo tenho eu, pai, que senti o fio do cutelo na garganta.

- Na origem de todos os povos há uma cerimónia de sangue.

- Então na origem de todos os povos há uma abominação.

- Esta conversa se repete, filho. Por quanto tempo ainda a teremos?

- Por todos os tempos, pai.

Luís Fernando Veríssimo. Extraído de Banquete com os deuses.

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23.1.13

Tempo Perdido, Wagner Moura

Em homenagem ao sr. Gabriel Ribela, um clipe que ele gosta muito. E eu, afinal, acabei gostando muito também. Wagner Moura e Aline Moraes interpretam Tempo Perdido, do Legião Urbana. Cena do filme O Homem do Futuro. (Coloquei o clipe oficial embaixo para quem quiser ver mais uns trechinhos!)
Have fun!

ENTÃO ME ABRAÇA FORTE!






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Uma Crença Silenciosa em Anjos



O livro é de R. J. Ellory. A história se passa, primeiramente, em 1939. Digo "primeiramente" porque toda a trama é, em realidade, uma história de muitos anos, uma história de assassinatos que deixaram uma sombra de horror na alma de um garoto, nossa personagem principal, Joseph Vaugham. Na comunidade rural em que sua família vivia, começam os assassinatos de suas colegas de escola. Ele tinha apenas 12 anos quando a primeira foi encontrada morta. Os crimes prosseguem por uma década. Joseph e seus amigos decidem proteger o lugar e formam o grupo "Os Guardiões". Mas ele não consegue deter o monstro que ronda a cidadezinha. Quando o passado parece enterrado, os crimes cessam, Joseph descobre que ainda não enfrentou tudo. Sua vida, uma sucessão de tragédias, nos ensina muito sobre superação e o que se sacrifica em nome disso. Expondo a claustrofobia das comunidades fechadas, o preconceito e a intolerância, o romance é fantástico. O tema, a natureza da injustiça e do mal, trabalhado sob a ótica de Joseph é irresistível ao leitor. As páginas seguem e, a cada capítulo, parece impossível fazer valer a verdade.

Quem lê não esquece. Minha dica.

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21.1.13

Don't Let Me Be Misundesrtood

Nina Simone

[...]

"I'm just human
Don't you know I have faults like anyone?

Sometimes I find myself alone regreting
some little foolish thing
some simple thing that I've done

'Cause I'm just a soul whose intentions are good
Oh Lord, please don't let me be misunderstood

I try so hard to please...
So don't let me be misunderstood."


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19.1.13

Parque dos Falcões, SE

A aproximadamente 45 Km de Aracaju, localizado aos pés da Serra de Itabaina-SE, o Parque dos Falcões foi construído através do trabalho e esforço de dois sonhadores, José Percílio e Alexandre Correia.
Alexandre tornou-se "cúmplice" de Percílio no ano de 1999, mas a história do Instituto começou ainda na infância do fundador. Aos 7 anos, Percílio ganhou um ovo de Carcará (Caracara plancus), e depois de 28 dias sendo chocado por uma galinha, nasceu Tito, seu primeiro grande amigo. Hoje, Tito tem 25 anos e o Instituto cuida de mais de 300 aves, entre gaviões, falcões, corujas, socós-boi, pombos, etc.
Já conhecido por muitos turistas, estudantes, biólogos, e pesquisadores brasileiros e estrangeiros, o Instituto é um dos poucos locais do país com autorização do IBAMA para a criação dessas aves em cativeiro. Com o objetivo de proteger as espécies de aves de rapina que habitam o céu brasileiro, o Parque dos Falcões tornou-se uma referência mundial no manejo, reprodução e reabilitação desses animais, acumulando um grande conhecimento sobre o seu comportamento.
O Parque dos Falcões está aberto ao público todos os dias da semana.
Agende uma visita e apaixone-se!








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Mensagem à Poesia

Não posso
Não é possível
Digam-lhe que é totalmente impossível

Agora não pode ser
É impossível
Não posso.

Digam-lhe que estou tristíssimo, mas não posso ir esta noite ao seu encontro.
Contem-lhe que há milhões de corpos a enterrar
Muitas cidades a reerguer, muita pobreza pelo mundo.
Contem-lhe que há uma criança chorando em alguma parte do mundo
E as mulheres estão ficando loucas, e há legiões delas carpindo
A saudade de seus homens; contem-lhe que há um vácuo
Nos olhos dos párias, e sua magreza é extrema; contem-lhe
Que a vergonha, a desonra, o suicídio rondam os lares, e é preciso
reconquistar a vida
Façam-lhe ver que é preciso eu estar alerta, voltado para todos os caminhos
Pronto a socorrer, a amar, a mentir, a morrer se for preciso.
Ponderem-lhe, com cuidado – não a magoem... – que se não vou
Não é porque não queira: ela sabe
; é porque há um herói num cárcere
Há um lavrador que foi agredido, há um poça de sangue numa praça.
Contem-lhe, bem em segredo, que eu devo estar prestes, que meus
Ombros não se devem curvar, que meus olhos não se devem
Deixar intimidar, que eu levo nas costas a desgraça dos homens
E não é o momento de parar agora; digam-lhe, no entanto
Que sofro muito, mas não posso mostrar meu sofrimento
Aos homens perplexos; digam-lhe que me foi dada
A terrível participação, e que possivelmente
Deverei enganar, fingir, falar com palavras alheias
Porque sei que há, longínqua, a claridade de uma aurora.
Se ela não compreender, oh procurem convencê-la
Desse invencível dever que é o meu; mas digam-lhe
Que, no fundo, tudo o que estou dando é dela, e que me
Dói ter de despojá-la assim
, neste poema; que por outro lado
Não devo usá-la em seu mistério: a hora é de esclarecimento
Nem debruçar-me sobre mim quando a meu lado
Há fome e mentira; e um pranto de criança sozinha numa estrada
Junto a um cadáver de mãe: digam-lhe que há
Um náufrago no meio do oceano, um tirano no poder, um homem
Arrependido; digam-lhe que há uma casa vazia
Com um relógio batendo horas; digam-lhe que há um grande
Aumento de abismos na terra, há súplicas, há vociferações
Há fantasmas que me visitam de noite
E que me cumpre receber, contem a ela da minha certeza
No amanhã
Que sinto um sorriso no rosto invisível da noite
Vivo em tensão ante a expectativa do milagre; por isso
Peçam-lhe que tenha paciência, que não me chame agora
Com a sua voz de sombra; que não me faça sentir covarde
De ter de abandoná-la neste instante, em sua imensurável
Solidão
, peçam-lhe, oh peçam-lhe que se cale
Por um momento, que não me chame
Porque não posso ir
Não posso ir
Não posso.


Mas não a traí. Em meu coração
Vive a sua imagem pertencida
, e nada direi que possa
Envergonhá-la. A minha ausência.
É também um sortilégio
Do seu amor por mim. Vivo do desejo de revê-la
Num mundo em paz. Minha paixão de homem
Resta comigo; minha solidão resta comigo; minha
Loucura resta comigo. Talvez eu deva
Morrer sem vê-la mais, sem sentir mais
O gosto de suas lágrimas,
olhá-la correr
Livre e nua nas praias e nos céus
E nas ruas da minha insônia. Digam-lhe que é esse
O meu martírio
; que às vezes
Pesa-me sobre a cabeça o tampo da eternidade e as poderosas
Forças da tragédia abastecem-se sobre mim, e me impelem para a treva
Mas que eu devo resistir, que é preciso...
Mas que a amo com toda a pureza da minha passada adolescência
Com toda a violência das antigas horas de contemplação extática
Num amor cheio de renúncia. Oh, peçam a ela
Que me perdoe, ao seu triste e inconstante amigo

A quem foi dado se perder de amor pelo seu semelhante
A quem foi dado se perder de amor por uma pequena casa
Por um jardim de frente, por uma menininha de vermelho
A quem foi dado se perder de amor pelo direito
De todos terem um pequena casa, um jardim de frente
E uma menininha de vermelho; e se perdendo
Ser-lhe doce perder-se...
Por isso convençam a ela, expliquem-lhe que é terrível
Peçam-lhe de joelhos que não me esqueça, que me ame
Que me espere, porque sou seu, apenas seu; mas que agora
É mais forte do que eu, não posso ir

Não é possível
Me é totalmente impossível
Não pode ser não
É impossível
Não posso.


Vinícius de Moraes

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18.1.13

Diga Lá, Coração

[...]

Diga lá, meu coração
Da alegria de rever essa menina,
E abraçá-la,
E beijá-la.

Diga lá, meu coração
Conte as estórias das pessoas,
Nas estradas dessa vida.
Chore esta saudade estrangulada
Fale, sem você não há mais nada
Olhe bem nos olhos da morena e veja lá no fundo
A luz daquela primavera.

[...]

Gonzaguinha


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Brincadeira

Começou como uma brincadeira. Telefonou para um conhecido e disse:
- Eu sei de tudo.
Depois de um silêncio, o outro disse:
- Como é que você soube?
- Não interessa. Sei de tudo.
- Me faz um favor. Não espalha.
- Vou pensar.
- Por amor de Deus.
- Está bem. Mas olhe lá, hein?
Descobriu que tinha poder sobre as pessoas.
- Sei de tudo.
- Co-como?
- Sei de tudo.
- Tudo o quê?
- Você sabe.
- Mas é impossível. Como é que você descobriu?
A reação das pessoas variava. Algumas perguntavam em seguida:
- Alguém mais sabe?
- Outras se tornavam agressivas:
- Está bem, você sabe. E daí?
- Daí nada. Só queria que você soubesse que eu sei.
- Se você contar para alguém, eu...
- Depende de você.
- De mim, como?
- Se você andar na linha, eu não conto.
- Certo
Uma vez, parecia ter encontrado um inocente.
- Eu sei de tudo.
- Tudo o quê?
- Você sabe.
- Não sei. O que é que você sabe?
- Não se faça de inocente.
- Mas eu realmente não sei.
- Vem com essa.
- Você não sabe de nada.
- Ah, quer dizer que existe alguma coisa pra saber, mas eu é que não sei o que é?
- Não existe nada.
- Olha que eu vou espalhar...
- Pode espalhar que é mentira.
- Como é que você sabe o que eu vou espalhar?
- Qualquer coisa que você espalhar será mentira.
- Está bem. Vou espalhar.
Mas dali a pouco veio um telefonema.
- Escute. Estive pensando melhor. Não espalha nada sobre aquilo.
- Aquilo o quê?
- Você sabe.
Passou a ser temido e respeitado. Volta e meia alguém se aproximava dele e sussurrava:
- Você contou pra alguém?
- Ainda não.
- Puxa. Obrigado.
Com o tempo, ganhou uma reputação. Era de confiança. Um dia, foi procurado por um amigo com uma oferta de emprego. O salário era enorme.
- Por que eu? – quis saber.
- A posição é de muita responsabilidade – disse o amigo. – Recomendei você.
- Por quê?
- Pela sua discrição.
Subiu na vida. Dele se dizia que sabia tudo sobre todos mas nunca abria a boca para falar de ninguém. Além de bem-informado, um gentleman. Até que recebeu um telefonema. Uma voz misteriosa que disse:
- Sei de tudo.
- Co-como?
- Sei de tudo.
- Tudo o quê?
- Você sabe.
Resolveu desaparecer. Mudou-se de cidade. Os amigos estranharam o seu desaparecimento repentino. Investigaram. O que ele estaria tramando? Finalmente foi descoberto numa praia distante. Os vizinhos contam que uma noite vieram muitos carros e cercaram a casa. Várias pessoas entraram na casa. Ouviram-se gritos. Os vizinhos contam que a voz que se ouvia era a dele, gritando:
- Era brincadeira! Era brincadeira!
Foi descoberto de manhã, assassinado. O crime nunca foi desvendado. Mas as pessoas que o conheciam não têm dúvidas sobre o motivo.
Sabia demais.

Luís Fernando Veríssimo. Comédias da Vida Privada.

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Rubem Alves - Jogo de Ideias

"Você tem avessos."




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Happy Together

  


"Imagine me and you, I do
I think about you day and night
It's only right
To think about the girl you love
And hold her tight
So happy together"


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16.1.13

Os Melhores do TripAdvisor

Hoje saiu a premiação do TripAdvisor, viajantes! Isso mesmo, um dos maiores sites de viagem do mundo publicou hoje a lista - ou melhor, as listas - dos mais bem conceituados hotéis, dos mais luxuosos, os mais baratos, os que tem um serviço impecável... Os melhores do Mundo!
O site tem 60 milhões de visitantes por mês, que dão nota para hotéis do mundo todo em variados quesitos. Com uma pesquisa como essa, recomendo que deem uma olhada lá no site deles e se informem, viajantes. Dicas melhores do que essa são difíceis de achar por aí.

Hotel Villas de Trancoso (Foto: Divulgação)
Villas de Trancoso, eleito o melhor hotel de luxo do Brasil

Hotel Four Seasons do Havaí (Foto: John DeMello/Divulgação)
O Resort Four Seasons Hualalai, no Havaí, foi considerado o melhor hotel do mundo

Fotos de Tambo del Inka, a Luxury Collection Resort & Spa, Urubamba
Tambo del Inka, a Luxury Collection Resort & Spa, cortesia do TripAdvisor (Lista dos 25 melhores da América Latina)

Fotos de The Samaya Bali, Seminyak
The Samaya Bali, cortesia do TripAdvisor (7º Lugar - Melhores do Mundo)

Fotos de La Residence Phou Vao by Orient-Express, Luang Prabang
La Residence Phou Vao by Orient-Express, cortesia do TripAdvisor (12º Lugar - Melhores do Mundo)

Vamos viajar? ~Ç

Fotos de Anastasis Apartments, Imerovigli
  Anastasis Apartments, cortesia do TripAdvisor (4º Lugar - Os melhores em atendimento do mundo)

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Brain Damage & Eclipse

A melhor versão de todos os tempos: 28/10/1994 - ao vivo em Earl's Court, Inglaterra.


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14.1.13

Meus Dois Pedidos

Agora posso contar. Fui eu que consegui a vitória do Internacional no Campeonato Mundial Interclubes, no Japão, em 2006.
Foi assim. Recebi uma oferta do Diabo pela minha alma. Veio por e-mail, de sorte que nem vi a sua cara. Ele procurava na internet pessoas dispostas a trocar sua alma pelo que quisessem. Respostas para 666belzebu.com. A pessoa empenhava sua alma ao Diabo, para entregar na saída, e em troca poderia pedir duas coisas. Mas só duas coisas.
Perguntei como eu poderia ter certeza que ele cumpriria a sua parte no trato. Depois da minha alma empenhada, contrato assinado com sangue etc., ele poderia simplesmente não atender aos meus pedidos. Ele propôs que fizéssemos um teste. Que eu pedisse alguma coisa impossível. Que o meu pedido fosse um delírio, algo totalmente fora da realidade. Se ele cumprisse o prometido, eu saberia que sua oferta era para valer. E só então lhe entregaria a minha alma. Concordei.
Qual seria o meu primeiro pedido? Pensei imediatamente no Internacional. Está certo, antes pensei na Luana Piovani, mas aí achei que poderia dar confusão. Em seguida pensei no Internacional. Um Campeonato do Mundo para o Internacional! Decisão contra o Barcelona. Sua resposta veio num e-mail conciso:

“Feito.”

E foi o que se viu. Vitória sobre o Barcelona contra todas as probabilidades. Inter campeão do mundo. O trato com o Diabo era, por assim dizer, quente. E eu podia fazer meu segundo pedido. Um bicampeonato do mundo para o Inter? Concluí que estava sendo egoísta demais. Estava pensando só na alegria dos colorados — e passageira, pois não poderia pedir vitórias do Internacional em todos os campeonatos, para sempre — e esquecendo o meu país. Deveria pedir, pela minha alma, algo que desse alegria a todos, inclusive gremistas. O quê? Quero que o Brasil se transforme num país escandinavo. Agora! Um país organizado, sem crime, sem fome, sem injustiça, sem conflitos, magnificamente chato. Era isso: minha alma por um país aborrecido!
Foi o que botei no meu e-mail para o Diabo. Ele respondeu perguntando se eu tinha pensado bem no que estava pedindo. Eu deveria saber que a adaptação seria difícil. A conversão da moeda, a língua, o frio, os hábitos diferentes… E que seria impossível preservar tudo o que nos faz simpáticos, e criativos, e divertidos — enfim, brasileiros no bom sentido — sem a bagunça e o mau caráter. Ou ser escandinavo só durante o expediente e brasileiro depois das seis. Era mesmo o que eu queria?
“É”, respondi. “Chega desta irresponsabilidade tropical, desta indecência social disfarçada de bonomia, desta irresolução criminosa que passa por afabilidade, deste eterno adiamento de tudo. Faça-nos escandinavos, já!” O Diabo: “Tem certeza? Já?”

Eu: “Bom… Depois do carnaval.”

Luís Fernando Veríssimo, em O Mundo é Bárbaro.

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12.1.13

Dave Engledow, o pai irresponsável


      Calma, leitores. Não é nada do que vocês imaginaram. Dave Engledow é um fotógrafo americano que criou uma série de fotos de "como não cuidar de sua filha". Com um incrível talento nas fotografias e na manipulação de imagens com o Photoshop, Dave criou uma coleção de fotos hilárias e extremamente bem feitas.

      Divirtam-se!




      A série conta com mais de 50 imagens. Para visualizar o restante. clique aqui.

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11.1.13

The Scientist


A versão mais bonita de todos os tempos. Ao vivo no Japão, em 2009.

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10.1.13

Espera

"Exige muito de ti e espera pouco dos outros. Assim, evitarás muitos aborrecimentos."

Confúcio

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9.1.13

Have I Told You Lately

  




Have I told you lately that I love you?
Have I told you there`s no one else above you?
You fill my heart with gladness, take away all my sadness,
Ease my troubles, that's what you do.

For the mornin' sun and all it's glory
Greets the day with hope and comfort, too.
You fill my life with laughter, somehow you make it better,
Ease my troubles, that's what you do.

There's a love that's divine, and it's yours and it's mine
Like the sun.
And at the end of the day, we should give thanks and pray
To the one, to the one

Have I told you lately that I love you?
Have I told you there`s no one else above you?
You fill my heart with gladness, take away all my sadness,
Ease my troubles, that's what you do.

There's a love that's divine, and it's yours and it's mine
Like the sun.
And at the end of the day, we should give thanks and pray
To the one, to the one

And have I told you lately that I love you?
Have I told you there`s no one else above you?
You fill my heart with gladness, take away all my sadness,
Ease my troubles, that's what you do.

Take away all my sadness, you fill my heart with gladness,
Ease my troubles, that's what you do

Take away all my sadness, you fill my heart with gladness,
Ease my troubles, that's what you do


Hey...  2 anos e 1 mês.                                                

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8.1.13

Com Água Até o Pescoço

O seriado do Animal Planet, que estreou em junho de 2012, trata sobre o dia-a-dia da ATM (Acrylic Tank Manufacturing), uma empresa familiar de Las Vegas que projeta aquários para celebridades, hotéis de luxo e empresas milionárias. A ATM realiza mais de 200 projetos por ano e suas instalações contam com mais de 1.200 metros quadrados equipados com máquinas modernas. Os tanques criados vão dos 189 litros a quase 200 mil litros e contam com alguns dos peixes mais exóticos e perigosos do mundo.
Wayde King e Raymer Brett são cunhados e os sócios donos da empresa; geniosos e brincalhões, sempre criam situações que oscilam da tensão ao hilário. Trabalham junto com Heather, esposa de Wayde e irmã de Brett, e com o pai de Heather. Para eles, a construção de um aquário é algo de que todos devem participar.
Com aquários caríssimos que são verdadeiras obras de arte, fica minha dica para as quintas-feiras, 22h. Esqueça o que você conhece sobre aquários e fique Com Água Até o Pescoço!


Acompanhe, divirta-se.

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5.1.13

A Message


and i love you, please come home

                               Hey... I Can't Live Without You. I miss you so much.                  ~Ç


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3.1.13

Maheshwar, Índia

Ouvem-se muitos cantos de pássaros em Maheshwar, no Estado indiano central de Madhya Pradesh. Graças ao caráter remoto de Maheshwar e à sua localização às margens do Narmado, um dos sete rios sagrados da Índia, o clamor ruidoso que domina as partes mais populosas do país não se encontra aqui.


Ocupando 2ha às margens da água, o Forte Ahilya, do século 18, foi restaurado pelo antigo príncipe de Indore e convertido em um suntuoso hotel de 14 quartos. Depois de fazer o check-in, não há como não se entregar ao clima de sossego. Passe seus dias caminhando pelas ruelas calmas de Maheshwar; visitando tecelães na Rehwa Society, cujos sáris finíssimos constituem parte do enxoval das noivas indianas; conhecendo santuários; passeando pelo rio em barcos de fundo chato; deliciando-se com refeições sofisticadas. Canteiros elevados projetados pelo príncipe, que chegou a escrever seu próprio livro de receitas, fornecem alfaces e cenouras doces para saladas.
Os frangos e os ovos do café da manhã não percorrem quilômetros para chegar à sua mesa, mas apenas metros (há um galinheiro ao lado da muralha do forte). Em algumas noites, o jantar é servido entre as paliçadas com ameias, iluminado por lamparinas a óleo. Em outras noites você pode jantar no pátio ou ser levada de barco até uma ilha. Os drinques são servidos num terraço, com vista para o rio de águas escuras como vinho e para os templos de Shiva que se estendem pela margem.



Maheshwar. Hospitalidade principesca às margens de um rio sagrado.




Fonte: Viagens Inesquecíveis, PubliFolha - Travel+Leisure.

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2.1.13

So Far Away


So Far Away
David Gilmour


What am I suspended here?
Should I kid myself that I have no fear?
I get no choice, I just have to wait
It may already be too late
I don't know what's going on
She is here, but I am gone, I am gone


My love is lying here
She's far away though she looks so near

Time will tell,'' she says to me
When a warm coat is all I need
Her peace of mind, her strength of will
It will come, she's sure it will
But how can I put my mind at rest?
I feel I'm coming off second best

And I'm cut with my own life
Is this a dream or is it real life?
Oh, sleep, come on me soon
I can't bear this lonely room

Look at that hair lying there
The room is dark, she shows no fear
I'm lying still, my eyes are wide
My heart is pumping, I'm still alive
I'm still awake against my will
What will it ever take to still this burning in me?

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See You Soon


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1.1.13

Admirável Mundo Novo


Falando em Ano Novo, Admirável Mundo Novo é um livro para começar bem 2013. O progresso é tal que o mundo se tornou um lugar quase inabitável. Pelo menos, é o que pensamos nós, do lado de fora deste Admirável Mundo Novo, observando à distância a imaginação de Aldous Huxley nos levar aos pensamentos mais obscuros e aos comportamentos mais degradantes. Publicado em 1932, o livro leva todos a desacreditar o mundo a nossa volta. A previsão de Aldous é para 2540 d.C (ou, no livro, 634 d.F. [depois de Ford])., mas não está tão aquém do que já vivemos neste século XXI. A alienação, o condicionamento das classes, o progresso prevalecendo sobre o indivíduo. O uso de drogas para evitar sensações desagradáveis, para não encarar a vida. Por essas razões o livro se torna ainda mais importante, e mais assustador. O desenrolar da história faz crer que o destino dos homens não deve estar tão distante da realidade desse mundo das páginas de Huxley. Repleto de referências instigantes como Marx, Thomas Malthus, William Shakespeare, Darwin, Freud, Ford, e outros, esse Admirável Mundo Novo parece que não tarda a chegar, parece uma realidade tangível, quase. Um mergulho na criatividade de Huxley e a viagem será só de ida. Repense o mundo.




Capítulo Dezessete
Trecho da conversa de Mustafá Mond - "Sua Fordeza em pessoa" - e o Selvagem John.

[...]
- Uma das numerosas coisas do céu e da terra com que não sonharam aqueles filósofos é isto - e agitou a mão; - nós, o mundo moderno. "Só se pode ser independente de Deus enquanto se tem juventude e prosperidade; a independência não nos levará até o fim em segurança." Pois bem, agora nós temos juventude e prosperidade até o fim. O que resulta daí? Evidentemente, que podemos prescindir de Deus. "O sentimento religioso nos compensará de todas as nossas perdas." Mas não há, para nós, perdas a serem compensadas; o sentimento religioso é supérfluo. E por que iríamos em busca de um sucedâneo dos desejos infantis, se esses desejos nunca nos faltam? De um sucedâneo das distrações, quando continuamos desfrutando todas as velhas tolices até o fim? Que necessidade temos de repouso, quando nosso corpo e nosso espírito continuam deleitando-se na atividade? De consolo, quando temos o soma. De alguma coisa imutável, quando temos a ordem social?
- Então o senhor acha que não existe um Deus?
- Ao contrário, penso que muito provavelmente existe.
- Então por que... ?
Mustafá Mond atalhou-o.
- Mas ele se manifesta de modo diferente a homens diferentes. Nos tempos pré-modernos, manifestava-se como o ser descrito nesses livros. Agora...
- Como se manifesta ele agora? - perguntou o Selvagem.
- Bem, ele se manifesta como uma ausência; como se absolutamente não existisse.
- A culpa é sua.
- Diga, antes, que a culpa é da civilização. Deus não é compatível com as máquinas, a medicina científica e a felicidade universal. É preciso escolher. Nossa civilização escolheu as máquinas, a medicina e a felicidade. Eis por que é preciso que eu guarde esses livros no cofre. Eles são indecentes. As pessoas ficariam escandalizadas se...
O Selvagem interrompeu-o.
- Mas não é natural sentir que há um Deus?
- O senhor poderia igualmente perguntar se é natural fechar as calças com zíper - retrucou o Administrador sarcasticamente. - Faz-me lembrar outro desses antigos, chamado Bradley. Ele definia a filosofia como a arte de encontrar más razões para aquilo que se crê por instinto. Como se nós acreditássemos em alguma coisa, seja o que for, por instinto! Cremos nas coisas porque somos condicionados a crer nelas. A arte de 
encontrar más razões para aquilo que se crê por outras más razões, isso é a filosofia. As pessoas crêem em Deus porque foram condicionadas para crer em Deus.
- Ainda assim - insistiu o Selvagem - é natural crer em Deus quando se está só, completamente só, à noite, pensando na morte...
- Mas agora nunca se está só - disse Mustafá Mond. - Fazemos com que todos detestem a solidão, e organizamos a vida de tal forma que seja quase impossível conhecê-la.
O Selvagem concordou inclinando a cabeça com tristeza.
[...]

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