No início do século XVI, o arquiteto italiano Domenico Fontana, encarregado de cavar um túnel sob a montanha La Civita, que trouxesse água do rio Sarno para a cidade de Torre Annunziata, descobriu as ruínas de uma antiga cidade.
As escavações arqueológicas de Pompéia permitiram que se reconstituísse com bastante precisão a vida na antiguidade romana a partir do plano da cidade, das casas, dos objetos de uso cotidiano, das obras de arte.
Esses achados causaram grande impacto e não era para menos. Pela primeira vez vinha a público a imagem concreta de uma cidade romana que não sofrera as mudanças que o tempo e as gerações teriam nela produzido. A princípio e por um bom tempo pensou-se que seus habitantes tinham alto nível cultural e artístico devido às esculturas de bronze e mármore e aos objetos de prata e vidro ali encontrados. Mas no decorrer das investigações ficou provado, ao contrário, que os cidadãos de Pompéia eram provincianos encerrados nos muros da pequena cidade, de onde só saiam para fazer negócios.
As pesquisas arqueológicas revelaram que a sociedade de Pompéia como qualquer outra do Império Romano, apresentava grandes contrastes e diferenças de classe: os escravos e plebeus trabalhavam para os patrícios e o sonho dos cativos, quando conseguiam a liberdade, era ganhar dinheiro suficiente para comprar seu próprio escravo. Pompéia vivia basicamente do comércio de azeite e do vinho que produzia. Sua localização estratégica, entre o mar e a foz do rio Sarno, facilitava a exportação desses produtos para cidades do Mediterrâneo. No século II a.C., o comércio ganhou impulso e isso se refletiu de imediato nas construções, que aumentaram em número e em luxo.
Mas, além de agricultores e comerciantes, ao que parece os pompeianos eram também bons de briga. Pelo menos é o que se deduz de um episódio narrado pelo historiador romano Cornélio Tácito (56-120). Uma luta entre gladiadores de Pompeia e da cidade próxima de Nocera, no ano 59, acabou em tumulto generalizado das duas torcidas. Também haviam mulheres gladiadoras e de extrema força, e uma das mais famosas se chamava Estratonice, que era capaz de esmagar o crânio de um homem com a força das próprias mãos,e serviu para compor uma das personagens do célebre romance de Bulwer-Lytton. Entre mortos e feridos, as baixas foram maiores do lado dos noceranos.
Por isso, o Anfiteatro de Pompeia, palco das lutas, ficou fechado por um bom tempo. A cidade tinha ainda dois teatros: um com capacidade para 5 mil pessoas, onde se representavam comédias, e outro menor, o Odeon, que abrigava 1500 pessoas, onde aconteciam os espectáculos musicais. No que era considerado o centro pulsante da cidade, ficavam o fórum, os edifícios públicos, o mercado, o banheiro público e os templos, além de uma grande lavandaria e tinturaria.
Acho que já podemos entender o que Pompéia tem de tão especial para dedicarmos este roteiro à ela. Considerada Patrimônio Mundial pela UNESCO, a cidade está repleta de história e magia. O vulcão, as igrejas, o Museum Vesuviano, as ruínas, os teatros.
E, para os fãs, o Anfiteatro de Pompéia não pode mesmo ficar de fora. Em 1971, a banda Pink Floyd realizou um concerto histórico aos pés do vulcão Vesúvio. David Gilmour, Nick Mason, Roger Waters e Richard Wright soltaram seus sons mágicos no milenário anfiteatro da histórica cidade. Tudo registrado no dvd: Pink Floyd - Live at Pompeii.
Vamos? ~Ç
Echoes
Pink Floyd - Live at Pompeii
Roteiro perfeito, meu amor! É meu sonho ir lá! TEMOS que ir. S2'
ResponderExcluirP.s: O show do Pink Floyd no anfiteatro foi em 1971, e o lançamento do DVD Live At Pompeii, 1972. ~Ç