30.12.12

A Maior Riqueza do Homem

é a sua incompletude.
Nesse ponto sou abastado.
Palavras que me aceitam como sou - eu não aceito.
Não aguento ser apenas um sujeito que abre portas,
que puxa válvulas, que olha o relógio,
que compra pão às 6 horas da tarde,
que vai lá fora, que aponta lápis,
que vê a uva etc. etc.
Perdoai
Mas eu preciso ser Outros.
Eu penso renovar o homem usando borboletas.

Manuel de Barros

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Djavan

Faltando um Pedaço

O amor é um grande laço, um passo pr'uma armadilha
Um lobo correndo em círculos pra alimentar a matilha
Comparo sua chegada com a fuga de uma ilha:
Tanto engorda quanto mata feito desgosto de filha
O amor é como um raio galopando em desafio
Abre fendas cobre vales, revolta as águas dos rios
Quem tentar seguir seu rastro se perderá no caminho
Na pureza de um limão ou na solidão do espinho
O amor e a agonia cerraram fogo no espaço
Brigando horas a fio, o cio vence o cansaço
E o coração de quem ama fica faltando um pedaço
Que nem a lua minguando, que nem o meu nos seus braços


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29.12.12

Ubatuba, SP

Situada no litoral norte do Estado de São Paulo, este é um local privilegiado pela natureza. Parece que tudo era azul e verde quando foi concebida. A riqueza e exuberância da Mata Atlântica é de dar inveja para qualquer outra cidade. Ubatuba é uma cidade com muito a oferecer.


Sua história começa com os índios Tupinambás. Em 1563, o Padre Anchieta promove junto aos índios a chamada Paz de Iperoig, que impediu os silvícolas de destruir as Vilas de São Paulo e São Vicente. Com a paz firmada, o Governador Geral do Rio de Janeiro, Salvador Corrêa de Sá e Benevides, tomou providências para colonizar a região, enviando os primeiros moradores para garantir a posse da terra para a Coroa Portuguesa. O povoado conseguiu sua emancipação político-administrativa e foi elevado à categoria de Vila em 1637, com o nome de Vila Nova da Exaltação à Santa Cruz do Salvador de Ubatuba. Daí por diante, a Vila cresce e passa a cidade, acompanhando o ciclo do café e do ouro, e sempre mantendo uma das mais lindas paisagens do litoral brasileiro. (Conheça mais sobre a história da cidade clicando aqui)


A Praia da Enseada é uma das que mais contém leitos em Ubatuba. Vários hotéis e pousadas estão no local, garantindo ao turista um boa opção na escolha de um local para passar o fim-de-semana ou as férias. A praia é tranquila, assim como suas águas, tornando-se um ótimo local para a família toda, pois não tem o incômodo dos surfistas ou o perigo das águas turbulentas. Vários restaurantes nas proximidades, bem como mercados, sorveterias e outros comércios garantem a autonomia de quem fica por lá.


A praia da Lagoinha tem areia bem compactada, com águas calmas, é indicada para banho e esportes náuticos. Passeios de barco saem da foz do Rio Lagoinha para as ilhas e a praia Grande do Bonete.


A Praia Grande é a mais cobiçada pelos turistas que chegam à cidade, seja durante a temporada ou na baixa estação. Por ser perto do centro e ter a melhor infra-estrutura de Ubatuba, como sanitários, restaurantes, amplos estacionamentos e posto Salva-Vidas, a Praia Grande é a que atrai o maior número de banhistas. Além da ótima estrutura, é muito bonita, tem águas claras e boas ondas (o que atrai também muitos surfistas). Seus quiosques costumam tocar músicas o dia todo.


Muitas das outras praias são tombadas e seu acesso é feito por meio de trilhas ou barco. Bons exemplos são a Praia Saco das Bananas, Praia das Sete Fontes, Praia do Grande Bonete, Praia Figueira e muitas outras.


As ilhas não deixam por menos. Muitas são frequentemente visitadas pelos mergulhadores e por aqueles que não dispensam uma aventura. (Você pode checar a lista das ilhas clicando aqui).



Nessas férias, espero que vocês se divirtam muito! Fica mais uma dica de viagem.

Foto: Bruno Gorski

Foto: Bruno Gorski

Foto: Bruno Gorski

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28.12.12

Saíra-sete-cores

Aves lindas de Ubatuba. Enjoy.


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Variações do Exílio

Da poesia belíssima de Gonçalves Dias, surgiram outras tantas variações belíssimas. Trago aos senhores, inspiradas pelo conteúdo que encontrei no Recanto das Palavras, as poesias de Drummond, Oswald de Andrade, Murilo Mendes e Ferreira Gullar. Porque não existe lugar como o lugar onde a gente se sente em casa.

Canção do Exílio
Gonçalves Dias

Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar – sozinho, à noite – 
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem que ainda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Nova Canção do Exílio
Carlos Drummond de Andrade

Um sabiá na palmeira, longe.
Estas aves cantam um outro canto.
O céu cintila sobre flores úmidas.
Vozes na mata, e o maior amor.
Só, na noite,
seria feliz: um sabiá, na palmeira, longe.
Onde é tudo belo e fantástico, só, na noite, seria feliz.
(Um sabiá, na palmeira, longe.)
Ainda um grito de vida e voltar para onde tudo é belo e fantástico: a palmeira, o sabiá, o longe.

Canto de Regresso à Pátria
Oswald de Andrade

Minha terra tem palmares
Onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá
Minha terra tem mais rosas
E quase tem mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra
Ouro terra amor e rosas
Eu quero tudo de lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte pra São Paulo
Sem que eu veja a rua 15
E o progresso de São Paulo

Canção do Exílio
Murilo Mendes

Minha terra tem macieiras da Califórnia
Onde cantam gaturamos de Veneza
Os poetas da minha terra
São pretos que vivem em torres de ametista,
Os sargentos do exército são monistas, cubistas,
Os filósofos são polacos vendendo à prestações.
A gente não pode dormir
Com os oradores e os pernilongos
Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda.
Eu morro sufocado
Em terra estrangeira.
Nossas flores são mais bonitas
Nossas frutas são mais gostosas
Mas custam cem mil réis a dúzia.
Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade
E ouvir um sabiá com certidão de idade !

A Canção
Mário Quintana

Minha terra não tem palmeiras …
E em vez de um mero sabiá,
Cantam aves invisíveis
Nas palmeiras que não há.
Minha terra tem refúgios,
Cada qual com a sua hora
Nos mais diversos instantes …
Mas onde o instante de agora?
Mas a palavra “onde”?
Terra ingrata, ingrato filho,
Sob os céus de minha terra
Eu canto a Canção do Exílio.

Nova Canção do Exílio
Ferreira Gullar

Minha amada tem palmeiras
Onde cantam passarinhos
e as aves que ali gorjeiam
em seus seios fazem ninhos
Ao brincarmos sós à noite
nem me dou conta de mim:
seu corpo branco na noite
luze mais do que o jasmim
Minha amada tem palmeiras
tem regatos tem cascata
e as aves que ali gorjeiam
são como flautas de prata
Não permita Deus que eu viva
perdido noutros caminhos
sem gozar das alegrias
que se escondem em seus carinhos
sem me perder nas palmeiras
onde cantam os passarinhos

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16.12.12

O show da natureza

Com direito a um Canário-da-terra-verdadeiro no vocal!




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15.12.12

Arco-íris na palma da sua mão

Primeiro choveu. Choveu muito. E então veio o sol, todo gracioso, e resolveu fazer brilhar a única gotinha que a linda árvore tinha conseguido segurar em sua folha!

E aí... Cria-se isso.



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14.12.12

12/12/12 - Roger Waters

No dia 12 de dezembro de 2012, diversas bandas e cantores famosos se reuniram em uma campanha de ajuda para as vítimas do furacão Sandy. Excelentes shows foram realizados durante a noite inteira, e entre eles, tivemos até o fabuloso show de Roger Waters.


Divirtam-se! :)
   

P.s: O evento já acabou, entretanto ainda podemos fazer doações clicando AQUI
O valor mínimo para doação é de $3. 

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13.12.12

9.12.12

9.12.12

Moça...

Te amo. E já faz um tempão. ~Ç





Hey... ~Ç

I'll marry you! S2.


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7.12.12

Desenho de Giz

João Bosco


Aí meu coração me diz: "Que prazer tem bater se ele não vai ouvir?"

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5.12.12

As Marietas mexicanas






Formação original: 
Atividade vulcânica, há milhares de anos!
População: 
Desabitada.
Atividades: 
mergulho com baleias-jubarte, jamantas e muito mais.
Belezas naturais: 
Praia escondida de areia branca e patolas-de-pés-azuis.







Ainda não sabe onde é?
É México! Estado de Nayarit. As Islas Marietas - ou, como prefiro, Ilhas Marietas - são de surpreender qualquer viajante. Elas estão a cerca de uma hora de barco de Puerto Vallarta e são visitadas diariamente por centenas de turistas. Mas isso, felizmente, não tira a beleza do lugar, já que hoje as ilhas são protegidas da atividade humana e Parque Nacional. (Agradeçam a pressão de Jacques Cousteau. 'risos')



A grande atração - um novo lugar paradisíaco que tem chamado a atenção nas Ilhas - é a Praia Escondida. Ninguém sabe se o fato de as Ilhas terem sido base militar para testes com bombas influenciou em sua formação, mas a beleza é indiscutível.



Que tal conhecer? Os mergulhos são famosos e uma boa pedida. (Para quem não morre de medo de peixinhos, é claro. 'risos'). Divirtam-se!


Fontes:
http://br.noticias.yahoo.com/
Wikipedia - Ilhas Marietas

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4.12.12

A Noite dos Capitães


A Noite dos Capitães da Areia

“E pensou, contraindo seu rosto pequeno, que talvez por isso ele nunca tivesse pensado em rezar, em se voltar para o céu de que tanto falava o padre José Pedro quando vinha vê-los. O que ele queria era felicidade, era alegria, era fugir de toda aquela miséria, de toda aquela desgraça que os cercava e os estrangulava. Havia, é verdade, a grande liberdade das ruas. Mas havia também o abandono de qualquer carinho, a falta de todas as palavras boas. Pirulito buscava isso no céu, nos quadros de santo, nas flores murchas que trazia para Nossa Senhora das Sete Dores, como um namorado romântico dos bairros chiques da cidade traz para aquele a quem ama com intenção de casamento. Mas o Sem-Pernas não compreendia que aquilo pudesse bastar. Ele queria uma coisa imediata, uma coisa que pusesse seu rosto sorridente e alegre, que o livrasse da necessidade de rir de todos e de rir de tudo. Que o livrasse também daquela angústia, daquela vontade de chorar que o tomava nas noites de inverno. Não queria o que tinha Pirulito, o rosto cheio de uma exaltação. Queria alegria, uma mão que o acarinhasse, alguém que com muito amor o fizesse esquecer o defeito físico e os muitos anos (talvez tivessem sido apenas meses ou semanas, mas para ele seriam sempre longos anos) que vivera sozinho nas ruas da cidade, hostilizado pelos homens que passavam, empurrado pelos guardas, surrado pelos moleques maiores. Nunca tivera família. [...]
Confusamente desejava ter uma bomba (como daquelas de certa história que o Professor contara) que arrasasse toda a cidade, que levasse todos pelos ares. Assim ficaria alegre. Talvez ficasse também se viesse alguém, possivelmente uma mulher de cabelos grisalhos e mãos suaves, que o apertasse contra o peito, que acarinhasse seu rosto e o fizesse dormir um sono bom, um sono que não estivesse cheio dos sonhos da noite na cadeia. Assim ficaria alegre, o ódio não estaria mais no seu coração. E não teria mais desprezo, inveja, ódio de Pirulito que, de mãos levantadas e olhos fixos, foge do seu mundo de sofrimento para um mundo que conheceu nas conversas do padre José Pedro.”

Jorge Amado, em Capitães da Areia.

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Mama, Don't Let them be cowboys

Willie and Waylon
Mamas, Don't let your babies grow up to be cowboys!


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2.12.12

A Justiça que Funciona

Vilfredo Schürmann
Em nossas andanças pelo mundo, conheci alguns bons exemplos de civilidade. A Nova Zelândia foi um deles. Por lá, encontrei casos surpreendentes de senso de justiça, tanto em povoados quanto em Auckland, a maior cidade do país. A Nova Zelândia está em primeiro lugar na lista de países menos corruptos do mundo, com a Dinamarca. Nessa lista, o Brasil ocupa a 69ª posição. Na Nova Zelândia, o Poder Judiciário é motivo de orgulho para a população, e seus integrantes são respeitados. Lá, as pessoas vivem sem medo de ser assaltadas, e, quando alguém comete um delito, é julgado e punido de forma rápida e exemplar.

Há 12 anos ancoramos em Opua, uma pequena e charmosa vila na entrada de várias enseadas. Um lugar realmente lindo. Naquele tempo, a população local não passava de 460 habitantes. A vila toda tinha menos pessoas do que alguns condomínios de grandes cidades. Nosso barco foi o primeiro veleiro brasileiro a aportar naquela região. O lugar logo nos cativou. Seu povo é amável, ético, justo e com uma simplicidade sem par.

As frutas eram vendidas em barracas à beira da estrada. Não havia ninguém para cuidar delas. Uma placa dizia: “Leve a sacola e coloque o dinheiro na caixa em cima da mesa”. A caixa era de papelão e não estava presa. Em Auckland, os jornais eram vendidos no meio da calçada em um cavalete. Havia uma caixinha ao lado para colocar a moeda de pagamento, que podia ser facilmente furtada. Parecia que estávamos num mundo da fantasia.

Nesse lindo país, enquanto estávamos lá, a população se surpreendeu com um escândalo nacional sem precedentes. Dois advogados, proprietários de uma corretora, deram um golpe e lesaram seus clientes. Os dois foram julgados rapidamente e condenados a cinco anos de prisão. Tiveram de vender seus bens particulares e os da empresa para ressarcir os lesados. O dinheiro não foi suficiente para indenizar todas as vítimas. O juiz então decidiu que cada membro da Associação de Advogados deveria pagar uma quantia anual até que toda a dívida fosse paga. Ao proferir a sentença, ele alegou que o objetivo de comprometer toda a classe com a indenização era incentivar a fiscalização entre os colegas.

Nunca me esqueci daquele episódio. Com ele, entendi que a caixinha de papelão de Opua e o coletor de moedas de jornal eram reflexo de um senso de justiça amplo e consolidado em todo o país. Um belo exemplo para o Brasil.

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30.11.12

Novembro

Um mês lindo. É o que a natureza acha.






E vocês? 

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25.11.12

Um dia por uma vida inteira!






25 de Novembro, Dia do Doador Voluntário de Sangue.

O que você faz para salvar uma vida?

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24.11.12

22.11.12

Amor

Um curta metragem baseado no conto de Clarice Lispector "Amor".
Primeiro semestre do curso de Cinema FAAP 2012. 
Direção, roteiro e produção: Sarah Afonso. 
Vídeos com efeito céu em time lapse de Gabriel Portella.


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20.11.12

Tolstói, Liev






O Conde Liev Tolstói nasceu em 1828. Participou da Guerra da Crimeia e casou-se com Sofia Andrêievna Berhs em 1862. Enquanto Tolstói administrava suas vastas propriedades nas estepes do Volga, dava continuidade a projetos educacionais, cuidava dos servos e escrevia Guerra e paz(1869) e Anna Kariênina (1877). Uma confissão (1882) marcou uma crise espiritual em sua vida; ele se tornou um moralista extremista e, em uma série de panfletos, a partir de 1880, expressou sua rejeição em relação ao Estado e à Igreja. Morreu em 20 de novembro de 1910, em meio a uma dramática fuga de casa, na pequena estação de trem de Astápovo.







"Os ricos fazem tudo pelos pobres, menos descer de suas costas."

"Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo."

"Em vão, centenas de milhares de homens, amontoados num pequeno espaço, se esforçavam por desfigurar a terra em que viviam. Em vão, a cobriam de pedras para que nada pudesse germinar; em vão arrancavam as ervas tenras que pugnavam por irromper; em vão impregnavam o ar de fumaça; em vão escorraçavam os animais e os pássaros - Em vão... porque até na cidade, a primavera é primavera."
— Tolstói, em "Ressurreição"

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19.11.12

Jean-François Fourtou

Para pessoas criativas, todo o espaço do mundo é pouco. É por isso que a casa de Jean-François Fourton, em Marrakesh é imensa. É preciso espaço para criar. E o que este francês artista faz não se compara com nada no mundo. Obras de arte, ele constrói casas! É uma de suas especialidades. As criações são tão lindas e únicas que merecem estar aqui e ser divulgadas!


A primeira obra é uma casa pequenininha e até certo ponto fácil de entender. Feita para a filha, que na época, tinha 2 anos, reproduzia um quartinho antigo, numa escala perfeita para uma criança. Parece uma grande casa de boneca.



A segunda obra é como o oposto, tem-se a sensação de invadir a casa de um gigante. O artista construiu a casa como se fosse a casa de seus bisavós na França, muito rústica. Fourton diz que essa é uma forma de reviver a infância, quando tudo parece enorme e difícil e a pureza ainda existe.


Há também a casa caída do céu, onde tudo está de ponta cabeça e só se consegue entrar pela janela do banheiro! É preciso acrobacias físicas e mentais para se ficar lá dentro e a sensação de que você irá cair é assustadora. Totalmente desnorteante, e ideia é mostrar como as crianças veem o mundo de forma completamente diferente.


E os projetos não param por aí. Fourton é um artista desses poucos que sabem dar vida à imaginação.
Acompanhe este gênio em: http://fourtou.aeroplastics.net/
Fonte: http://fantastico.globo.com/

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Aula Espetáculo - Ariano Suassuna

30/04/2011
Outro dia me apresentaram um poema que começava assim:

"Ontem era domingo
E eu acordei muito alegre".

Rapaz, você não fez um poema, não! Você comunicou um fato. Não é? Inclusive um fato sem importância. E eu tenho lá a ver com isso?!

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18.11.12

Hitchcock

Baseado no livro Alfred Hitchcock and the Making of Psycho, Stephen Rebello e John J. McLaughlin são roteiristas do filme Hitchcock, com estreia prevista para fevereiro de 2013. Dirigida por Sacha Gervasi, essa produção tem um elenco que promete! Anthony Hopkins faz o papel de Alfred Hitchcock e Hellen Mirren está no papel de sua esposa Alma Reville. O filme é a história de amor entre os dois que surge durante as filmagens de Psicose em 1959. Não percam!



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14.11.12

Namíbia

A Namíbia vem ganhando espaço próprio, sem alarde, há uma década. Além de paisagens magníficas - desertos com dunas de areia de 300 metros de altura, um litoral cheio de navios antigos naufragados -, o país possui uma das maiores, mas menos conhecidas, reservas de caça de animais de grande porte em toda a África. O turismo é discreto, com ênfase em pousadas bem projetadas e ecologicamente sensíveis distribuídas por áreas remotas. Na Little Kulala, numa reserva natural de 36.423ha perto das colossais dunas Sossuvlei, as 11 cabanas têm terraços sobre o telhado, como leitos criados para se observar as estrelas. Os anfitriões conduzem passeios de carro no deserto nos quais você verá libélulas gigantes, hienas malhadas e acácias nas quais se estendem os ninhos dos gigantes pássaros conhecidos como tecelão sociável (os ninhos podem abrigar centenas de pássaros e duram até cem anos!).
A casa-sede do Serra Cafema Camp ergue-se sobre palafitas acima do rio Kenene, que separa a Namíbia de Angola. Oito chalés são mobiliados com móveis entalhados dos nguni, com pias de cobre montadas sobre pedestais de toras. A região é habitada pela tribo nômade himba.
Um dos complexos para turistas mais luxuosos é o Little Ongava. Fica dentro da Reserva de Caça de Ongava, ao lado do Parque Nacional Etosha, no norte do país. É farta a utilização do trabalho de artistas africanos na decoração:  máscaras de Burkina Fasso, tigelas de madeira da Zâmbia, bandejas etíopes, pinturas namíbias. A maior atração, contudo, está do lado de fora: no meio da vegetação de cerrado, você pode ver bandos de rinocerontes-brancos de 3.600kg alimentando-se das folhagens.
O Fort on Fisher's Pan fica na Reserva de Caça de Onguma, um trecho particular de 20.235ha do Parque Nacional Etosha. É uma estrutura exótica: paredes altas e espessas, portas maciças cravadas de pregos, pátios múltiplos, escadarias secretas. Tudo isso à beira de um grande olho d'água onde zebras se reúnem ao pôr do sol. Em uma excursão de quatro horas na reserva de caça você tem chances de ver girafas, elefantes, gnus, tartarugas e um ou outro leão. Não por acaso, Onguma significa "o lugar do qual você não quer partir".

Serra Cafema Camp

Little Ongava

Fort on Fisher's Pan






Ninho do tecelão sociável


Roteiro sugerido pelo livro Viagens Inesquecíveis da Travel + Leisure (PubliFolha).

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12.11.12

Direitos Humanos para Humanos Direitos

Almeidinha era o sujeito inventado pelos amigos de faculdade para personalizar tudo o que não queríamos nos transformar ao longo dos anos. A projeção era a de um cidadão médio: resmungão em casa, satisfeito com o emprego na “firma” e à espera da aposentadoria para poder tomar banho, colocar pijama às quatro da tarde, assistir ao Datena e reclamar da janta preparada pela esposa. O Almeidinha é aquele sujeito capaz de rir de qualquer piada de português, negro, gay e loira. Que guarda revistas pornográficas no armário, baba nas pernas da vizinha desquitada (é assim que ele fala) mas implica quando a filha coloca um vestido mais curto. Que não perde a chance de dizer o quanto a esposa (ele chama de “patroa”) engordou desde o casamento.

O Almeidinha, para nosso espanto, está hoje em toda parte. Multiplicou-se em proporção geométrica e, com os anos, se modernizou. O sujeito que montava no carro no fim de semana e levava a família para ir ao jardim zoológico dar pipoca aos macacos (apesar das placas de proibição) sucumbiu ao sinal dos tempos e aderiu à internet. Virou um militante das correntes de e-mail com alertas sobre o perigo comunista, as contas no exterior do ex-presidente, os planos do Congresso para acabar com o 13º salário. Depois foi para o Orkut. Depois para o Facebook. Ali encontrou os amigos da firma que todos os dias o lembram dos perigos de se viver num mundo sem valores familiares. O Almeidinha presta serviços humanitários ao compartilhar alarmes sobre privacidade na rede, homenagens a pessoas doentes e fotos de crianças deformadas. O Almeidinha também distribui bons dias aos amigos com piadas sobre o Verdão (“estude para o vestibular porque vai cair…hihihii”) e mensagens motivacionais. A favorita é aquela sobre amar as pessoas como se não houvesse amanhã, que ele jura ser do Cazuza mas chegou a ele como Caio Fernandes (sic) Abreu.

O Almeidinha gosta também de se posicionar sobre os assuntos que causam comoção. Para ele, a atual onda de violência em São Paulo só acontece porque os pobres, para ele potenciais criminosos (seja assassino ou ladrão de galinha) têm direitos demais. O Almeidinha tem um lema: “Direitos Humanos para Humanos Direitos”. Aliás, é ouvir essa expressão, que ele não sabe definir muito bem, e o Almeidinha boa praça e inofensivo da vizinhança se transforma. “Lógica da criminalidade”, “superlotação de presídios”, “sindicato do crime”, “enfrentamento”, “uso excessivo da força”, para ele, é conversa de intelectual. E se tem uma coisa que o Almeidinha detesta mais que o Lula ou o Mano Menezes (sempre nesta ordem) é intelectual. O Almeidinha tem pavor. Tivesse duas bombas eram dois endereços certos: a favela e a USP. A favela porque ele acredita no governador Sergio Cabral quando ele fala em fábrica de marginais. A USP porque está cansado de trabalhar para pagar a conta de gente que não tem nada a fazer a não ser promover greves, invasões, protestos e espalhar palavras difíceis. O Almeidinha vota no primeiro candidato que propuser esterilizar a fábrica de marginal e a construção de um estacionamento no lugar da universidade pública.

Uma metralhadora na mão do Almeidinha e não sobraria vagabundo na Terra. (O Almeidinha até fala baixo para não ser repreendido pela “patroa”, mas se alguém falar ao ouvido dele que “Hitler não estava assim tão errado” ganha um amigo para o resto da vida).

A cólera, que o fazia acordar condenando o mundo pela manhã, está agora controlada graças aos remédios. O Almeidinha evoluiu muito desde então. Embora desconfiado, o Almeidinha anda numas, por exemplo, de que agora as coisas estão entrando nos eixos porque os políticos – para ele a representação de tudo o que o impediu de ter uma casa na praia – estão indo para a cadeia. Ele não entende uma palavra do que diz o tal do Joaquim Barbosa, mas já reservou espaço para um pôster do ministro do Supremo ao lado do cartaz do Luciano Huck (“cara bom, ajuda as pessoas”) e do Rafinha Bastos (“ele sim tem coragem de falar a verdade”). O Almeidinha não teve colegas negros na escola nem na faculdade, mas ele acha que o exemplo de Barbosa e do presidente Barack Obama é prova inequívoca de que o sistema de cotas é uma medida populista. É o que dizia o “meme” que ele espalhou no Facebook com o argumento de que, na escravidão, o tráfico de escravos tinha participação dos africanos. Por isso, quando o assunto encrespa, ele costuma recorrer ao “nada contra, até tenho amigos de cor (é assim que ele fala), mas muitos deles têm preconceitos contra eles mesmos”.

O Almeidinha costuma repetir também que os pobres é que não se ajudam. Vê o caso da empregada, que achou pouco ganhar vinte reais por dia para lavar suas cuecas e preferiu voltar a estudar. Culpa do Bolsa Família, ele diz, esse instrumento eleitoral que leva todos os nordestinos, descendentes de nordestinos e simpatizantes de nordestinos a votar com medo de perder a boquinha. Em tempo: o filho do Almeidinha tem quase 30 anos e nunca trabalhou. Falta de oportunidade, diz o Almeidinha, só porque o filho não tem pistolão. Vagabundo é outra coisa. Outra cor. Como o pai, o filho do Almeidinha detesta qualquer tipo de bolsa governamental. A bolsa-gasolina que recebe do pai, garante, é outra coisa. Não mexe com recurso público. (O Almeidinha não conta pra ninguém, mas liga todo dia, duas vezes por dia, para o primo de um conhecido instalado na prefeitura para saber se não tem uma boca de assessor para o filho em algum gabinete).

O filho do Almeidinha também é ativista virtual. Curte PlayStation, as sacadas do Willy Wonka, frases sobre erros de gramática do Enem, frases sobre o frio, sobre o que comer no almoço e sobre as bebedeiras com os moleques no fim de semana (segue a página de oito marcas de cerveja). Compartilha vídeos de propagandas de carro e fotos de mulheres barrigudas e sem dentes na praia. Riu até doer a barriga com a página das barangas. Detesta política – ele não passa um dia sem lembrar a eleição do Tiririca para dizer que só tem palhaço em Brasília. E se sente vingado toda vez que alguém do CQC faz “lero-lero” na frente do Congresso. Acha todos eles uns caras fodásticos (é assim que ele fala). Talvez até mais que o Arnaldo Jabor. Pensa em votar com nariz de palhaço na próxima eleição (pensa em fazer isso até que o voto deixe de ser obrigatório e ele possa aproveitar o domingo no videogame). Até lá, vai seguir destruindo placas e cavaletes que atrapalham suas andanças pela cidade.

Como o pai, o filho do Almeidinha tem respostas e certezas para tudo. Não viveu na ditadura, mas morre de saudade dos tempos em que as coisas funcionavam. Espera ansioso um plebiscito para introduzir de vez a pena de morte (a única solução para a malandragem) e reduzir a maioridade penal até o dia em que se poderá levar bebês de oito meses para a cadeia. Quer um plebiscito também para acabar com a Marcha das Vadias. O que é bonito, para ele, é para se ver. E se tocar. E ninguém ouve cantada se não provoca (a favorita dele é “hoje não é seu aniversário mas você está de parabéns, sua linda”. Fala isso com os amigos e sai em disparada no carro do pai. O filho do Almeidinha era “O” zoão da turma na facul).

Pai e filho estão cada vez mais parecidos. O pai já joga Playstation e o menino de 30 anos já fala sobre a decadência dos costumes. Para tudo têm uma sentença: “Ê, Brasil”. Almeidinha pai e Almeidinha filho têm admiração similar ao estilo civilizado de vida europeu. Não passam um dia sem dizer que a vida, deles e da humanidade em geral, seria melhor se o país fosse dividido entre o Brasil do Sul e o Brasil do Norte. Quando esse dia chegar, garantem, o Brasil enfim será o país do presente e não do futuro. Um país à imagem e semelhança de um Almeidinha.

Crônica de Matheus Pichonelli

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11.11.12

Morte e Vida Severina

O livro de João Cabral de Melo Neto traz à tona uma realidade que mantemos sob os tapetes. A seca e a miséria nordestina não são problemas do passado e a situação dos retirantes não tem sido trabalhada pelo setor público como deveria. É hora de mudar essa vida, essa vida severina de tantos brasileiros.
"Somos muitos Severinos, iguais em tudo na vida".


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9.11.12

Deus Sabe O Que Faz

Luiz Vilela
Deus sabe o que faz e por isso a criança nasceu cega, mas Deus sabe o que faz e ela cresceu forte e sadia, não teve coqueluche nem bronquite como os outros filhos -o mais velho, aos vinte e pouco anos já vivia na pinga, cometeu um crime e foi parar na cadeia; a menina cresceu, virou moça, casou, traiu o marido, separou, virou prostituta; o cego tinha o ouvido bom e aprendeu a tocar violão e aos quinze anos já tocava violão como ninguém, um verdadeiro artista, porque Deus sabe o que faz e para tudo nesse mundo há uma compensação, e assim enquanto o irmão estava na cadeia e a irmã no bordel, o cego foi ganhando nome e dinheiro com seu violão e seu ouvido, que era melhor do que o ouvido de qualquer pessoa normal, e os pais, que eram pobres e às vezes não tinham nem o que comer, tinham agora dinheiro bastante para se darem ao luxo de comprar um rádio, onde escutaram transmitido da cidade vizinha o programa do Mozart do violão, como o batizara o chefe da banda de música local que, tão logo conheceu o rapaz, tornou-se seu empresário, deixando a banda para revelar aos quatro cantos do mundo o maior gênio do violão de todos os tempos, até que um dia sumiu para os quatro cantos do mundo com o dinheiro das apresentações, mas Deus sabe o que faz, e se o empresário fugiu, uma linda moça se apaixonou pelo rapaz e prometeu fazer a felicidade dele para o resto da vida, e assim, enquanto os dois, casados e morando numa modesta casinha, viviam felizes, a irmã, que era perfeita e bonita, envelhecia prematuramente no bordel e o irmão, que era perfeito e bonitão, saíra da cadeia, não achara emprego e vivia ao léu, até que conheceu a mulher do cego e se apaixonou loucamente por ela; o cego tocava na maior altura para não ouvir os beijos dos dois na sala -até que as cordas rebentaram, até que ele rebentou o ouvido com um tiro.

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4.11.12

Another World



So we live 
But life isn't what it seems 
We're only living in our dreams 
In another world
Brian May

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2.11.12

Lembrança do Mundo Antigo

Clara passeava no jardim com as crianças.
O céu era verde sobre o gramado,
a água era dourada sob as pontes,
outros elementos eram azuis, róseos, alaranjados,
o guarda civil sorria, passavam bicicletas,
a menina pisou a relva para pegar um pássaro,
o mundo inteiro, a Alemanha, a China, tudo era tranqüilo em redor de Clara.

As crianças olhavam para o céu: não era proibido.
A boca, o nariz, os olhos estavam abertos. Não havia perigo.
Os perigos que Clara temia eram a gripe, o calor, os insetos.
Clara tinha medo de perder o bonde das onze horas,
esperava cartas que custavam a chegar,
nem sempre podia usar vestido novo. Mas passeava no jardim, pela manhã!!!
havia jardins, havia manhãs naquele tempo!!!

Carlos Drummond de Andrade

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31.10.12

Feche os olhos...

... Apague as luzes...
Ouça. E sinta. o_o
Happy Halloween.


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Além da Terra, Além do Céu

Além da Terra, além do Céu,
no trampolim do sem-fim das estrelas,
no rastro dos astros,
na magnólia das nebulosas.
Além, muito além do sistema solar,
até onde alcançam o pensamento e o coração,
vamos!
vamos conjugar
o verbo fundamental essencial,
o verbo transcendente, acima das gramáticas
e do medo e da moeda e da política,
o verbo sempreamar,
o verbo pluriamar,
razão de ser e de viver.

Carlos Drummond de Andrade, sempre presente. (31.10.1902 - 17.08.1987)

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29.10.12

Guiana Francesa

Ao norte do Amapá, delimitado ao norte pelo oceano Atlântico, ao sul e ao leste pelo o Brasil e a oeste pelo Suriname, a Guiana Francesa é um território ultramarino da França, coberto em sua maioria por selva tropical. Com 89.150 km² e pouco mais de 200 mil habitantes, metade vivendo na capital, Caiena, a Guiana francesa tem uma média de 2,7 habitantes por quilômetro quadrado em sua superfície.
Esse lugar de belezas incríveis tem uma familiaridade com o Brasil, principalmente na fauna e flora, afinal o clima lá é tropical, portanto, bastante chuvoso, quente e úmido na grande maior parte do ano. Mais de 90% da superfície está coberta por uma floresta tropical densa que fica ainda mais impenetrável na proximidade dos rios. Calcula-se que existam na floresta equatorial mais de 6000 espécies de árvores (algumas delas centenárias como o ébano), com alturas que podem ultrapassar os 80 m. Na fauna da Guiana Francesa é possível encontrar enormes variedades de peixes, aves, répteis, insetos e mamíferos, dentre os quais podemos destacar a onça-pintada, araras e papagaios, serpentes, antas, tatus, jacarés e macacos.
Para quem quer conhecer alguns passeios legais, fica a informação: Em Santo-Laurent Maroni, perto da fronteira com o Suriname, estão as Cachoeiras de Voltaire perto da cidade de São Lourenço. Há 7km ao sul de São Lorenço está a vila Indígena da Terra Vermelha (Tere Rouge) onde canoas podem ser alugadas para passeios subindo o Rio Maroni. Na região central encontra-se o remoto acampamento de mineradores de ouro de Saül - acessível, devido ao sistema eficaz de marcação das trilhas. Um lugar que atrai um grande número de visitantes é o Centro Espacial das Guianas, em Kourou, há 60km ao oeste da capital. Pode-se aprender sobre naves espaciais no Museu Espacial, e até presenciar um lançamento espacial.
A Guiana francesa é um lugar para quem gosta de natureza e para quem gosta de história e culturas as mais variadas e interessantes possíveis. Aproveite e faça uma visita! Não dá para se arrepender.

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