É Complexamente Azul: Floresta Nacional de Ipanema

7.2.14

Floresta Nacional de Ipanema

Um do fatos mais trágicos dos nossos dias é a degradação da Mata Atlântica. Infeliz, ou felizmente - vai do ponto de vista -, o centro industrial e comercial brasileiro está no sudeste, conflitando com o espaço de centenas de espécies de plantas e animais. O tempo tratou de desaparecer com muito da Mata original. Mas ainda existem alguns oásis. Um exemplo é a Floresta Nacional de Ipanema.

Foto de Bruno Gorski

Criada em 20 de maio de 1992 pelo Decreto Federal nº 530; abrangendo os municípios de Iperó, Araçoiaba da Serra e Capela do Alto; administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio -, a Floresta possui, orgulhosamente, uma fauna e flora que representam 24,5% da riqueza total estimada para o território paulista. Só as aves (cerca de 322 espécies) representam 40% do total de espécies em relação ao estado de São Paulo.

Foto de Bruno Gorski

O meu negócio é natureza, mas para quem gosta de um passeio "histórico", a Floresta de Ipanema também tem sítios arqueológicos anteriores à chegada dos colonizadores, que estão protegidos pela mata densa do Morro Araçoiaba, um fenômeno geológico, de formação vulcânica, com grande diversidade mineral, sendo a magnetita o minério predominante. A magnetita foi utilizada para a fabricação de ferro na Real Fábrica de Ferro São João de Ipanema, criada por D. João VI, em 1810, mas conhecida desde o século XVI, quando a expedição de Afonso Sardinha e seu filho resultou na construção de duas forjas, em 1589, reconhecidas pela Associação Mundial de Produtores de Aço como a primeira tentativa de fabricação de ferro em solo americano.

Foto de Bruno Gorski

Um lugar de beleza única, duplamente maravilhoso por ser um dos últimos testemunhos da floresta colossal que era o Brasil há 600 anos. Vale a pena visitar. Leve câmera fotográfica, água, protetor solar e repelente. Use um tênis esportivo e um boné. Ah, e não se esqueça: aproveite cada segundo.