26.10.11

Tallinn

                No Golfo da Finlândia, entre o frio e os ventos, castelos emprestam seu toque misterioso à pequena capital da Estônia, Tallinn. Ruas irregulares - reconstruídas ao longo dos tempos -, o frio, a umidade, a falta de sol, é este o cenário que encontramos por lá, a cidade que ainda hoje, poderia ser facilmente confundida com algum vilarejo esquecido há anos.
                Os séculos de pilhagens e bombardeamentos por todo o tipo de povos ainda estão, espantosamente, gravados no passado histórico da cidade, em quilômetro de ruelas sinuosas com casas medievais, uma muralha de dois quilômetros e meio com 26 torres defensivas, igrejas seculares, o magnífico castelo de Toompea, dos séculos XIII e XIV, e ainda bairros com casas tradicionais de madeira, como os de Kalamaja e Lillekula.





                             Atualmente, as ruas e hábitos da capital estoniana estão tomados por telefones celulares, internet e multibancos, símbolos da modernidade e independência, que foi por tanto tempo adiada. Todas as maravilhas da mais moderna tecnologia e informática já chegaram aqui e o investimento finlandês deu fôlego à economia emergente. O inglês parece já ser a segunda língua e o turismo vai de vento em popa. “A cold country with a warm heart” (Um país frio com coração quente), reza a publicidade turística do país. E sobretudo não há quem não fique seduzido pela linha descontínua das muralhas semeada de torreões austeros com telhados cônicos.



 


                             Todas as ruas de Tallinn parecem convergir para Raekoja Plats, a Praça do Município, com as suas casas góticas de cores outonais em contraste com a pedra do chão e das muralhas. Mas seguindo certas ruelas estreitas e calmas - a menos que seja fim-de-semana de festa - e depois a longa Pikk jalg, de um asseio irrepreensível, chegamos ao cimo da colina de Toompea, que tem a melhor vista panorâmica sobre a cidade antiga. De lá avistamos as torres aguçadas que parecem perfurar as nuvens baixas, e teremos direito a mais uma chuva gelada antes do sol nascer novamente. E ao fundo, sempre a tira lisa e fina de azul das águas do Golfo.






                            Romântica e viva, Tallinn espelha ao mesmo tempo o passado e o futuro. A paisagem ainda é de um filme Hollywoodiano do século XIII, mas é a combinação perfeita entre a história e a contemporaneidade.



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